segunda-feira, 30 de março de 2009
sexta-feira, 27 de março de 2009
Seminário de Investigação em Museologia dos Países de Língua Portuguesa e Espanhola
SEMINÁRIO DE INVESTIGAÇÃO EM MUSEOLOGIA DOS PAÍSES DE LÌNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA
SEMINARIO DE INVESTIGACIÓN EN MUSEOLOGÍA DE LOS PAÍSES DE HABLA PORTUGUESA Y ESPAÑOLA
12 a 14 de Outubro de 2009 / 12 - 14 de octubre de 2009
Local de realização / Lugar de realización: Universidade do Porto, Porto, Portugal
Período de realização / Período de realización: 12 a 14 de Outubro de 2009 / 12 al 14 de octubre de 2009
Duração em dias / Duración en días: 3
Idiomas do Seminário / Idiomas del seminario: Português e Espanhol/ portugués y español
1. Apresentação / Presentación
Ainda que diferentes ritmos e mudanças pluridimensionais – por vezes mesmo contraditórias – marquem o desenvolvimento de museus e da museologia, a sua crescente valorização cultural e científica é inegável. O poder reconhecido do património para mobilizar a opinião pública e afectar a vida social e política tem sido central para a consolidação da profissão museológica e dos estudos que têm como
objecto os seus contextos. Numa esfera mais societal observa-se a mobilização de esforços direccionados para o desenvolvimento e realização da missão social e cultural do museu; missão cada vez mais determinante para a emancipação e consolidação deste campo de estudo, profundamente transdisciplinar. Consciente, não só das lacunas de investigação nesta área em Portugal mas também da necessidade urgente de facilitar a construção de espaços colaborativos de formação e investigação, este Seminário pretende contribuir para o desenvolvimento de uma verdadeira comunidade de prática que inclua investigadores oriundos de países de língua espanhola e portuguesa. Os olhares da Sociologia, da Antropologia, da Arquitectura, da Educação e tantos outros que participam na permanente (re)construção deste campo de pesquisa serão, certamente, pivotais para o seu sucesso e incluem-se nas linhas de investigação / áreas científicas aqui propostas.
Aún cuando los diferentes ritmos y cambios pluridimensionales – a veces contradictorios – marcan el desarrollo de los museos y de la museología, su creciente valorización cultural y científica es innegable. El poder reconocido del patrimonio para movilizar la opinión publica y afectar la vida social y política ha sido central para la consolidación de la profesión museológica y de los estudios que tienen como objeto sus contextos. En un ámbito más social, se observa la movilización de los esfuerzos dirigidos hacia el desarrollo y la realización de la misión social y cultural del museo; una misión cada vez más determinante para la emancipación y consolidación de este campo de estudio profundamente
interdisciplinar.
Conscientes no sólo de las lagunas de la investigación en este campo en Portugal, sino también de la urgente necesidad de facilitar la creación de espacios de colaboración para la formación y la investigación, este Seminario pretende contribuir al desarrollo de una verdadera comunidad práctica que incluya investigadores oriundos procedentes de los países de habla portuguesa y española. Los puntos de vista de la Sociología, la Antropología, la Arquitectura, la Educación y tantos otros que participan en la permanente (re)construcción de este campo de investigación serán, ciertamente, ejes centrales para su éxito y se incluyen en las líneas de investigación / áreas científicas aquí propuestas.
2. Objectivos / Objetivos:
Este seminário tem como principal objectivo o aprofundamento da reflexão e das práticas de investigação no campo da museologia, envolvendo diferentes saberes e diferentes olhares, participando activamente na construção de uma comunidade de prática que apoie a discussão e o desenvolvimento de projectos de investigação comuns.
Este seminario tiene como principal objetivo la profundización de la reflexión y de las prácticas de investigación en el campo de la museología, envolviendo diferentes saberes y diferentes puntos de vista, participando activamente en la construcción de una comunidad de práctica que apoye la discusión y el desarrollo de proyectos de investigación comunes.
3. Destinatários / Destinatarios:
Destina-se, sobretudo, a investigadores e estudantes de formação pós-graduada em nível de mestrado e doutoramento (comunicações: doutoramento / pós doutoramento; poster: mestrado), de língua portuguesa e espanhola, que tenham o museu e os seus contextos como objecto de estudo.
Destinado, sobretodo, a investigadores y estudiantes de formación de postgrado a nivel de master y doctorado (presentaciones: doctorado / postdoctorado; póster: master) de habla portuguesa y española que tengan el museo y sus contextos como objeto de estudio.
4. Domínio científico: linhas de investigação / Dominio científico: líneas de investigación:
Museus, Património e Conservação Preventiva / Museos, Patrimonio y Conservación Preventiva
Museus, Colecções e Património / Museos, Colecciones y Patrimonio
Museus, Espaço e Comunicação / Museos, Espacio y Comunicación
Museus, Gestão e Empreendedorismo / Museos, Gestión y Emprendedorismo
Museus e Curadoria / Museos y Comisariato
Para mais informação consulte museologia.porto
Fórum - O deficiente visual e o envelhecimento no contexto social
FÓRUM - “ O Deficiente Visual e o Envelhecimento no Contexto Social”
Data: 2 de Abril de 2009, quinta-feira
Hora: das 15h00 às 17h30
Local: Auditório do Instituto Nacional para a Reabilitação, IP, na Av. Conde de Valbom, nº 63, 1069-178 LISBOA
Intervenientes:
1- Dra. Maria da Conceição Luís, Directora do Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos (CRNSA), que fará uma breve descrição do Centro, quer em termos de enquadramento institucional, quer em termos de resposta; focará o rácio utente/idade, relativamente aos utentes em reabilitação durante o ano de 2008 e os entrados em 2009;
2- Dra. Ana Paula Silva, Terapeuta Ocupacional do CRNSA, responsável pelo encaminhamento das pessoas mais idosas, falará das dificuldades funcionais da pessoa cega idosa e das respostas existentes, bem como do contexto familiar;
3- Prof. Dr. António Castanheira Dinis, Director do Instituto de Oftalmologia, Dr. Gama Pinto, cujo tema a abordar será “Saúde da Visão: O envelhecer e a Deficiência Visual”;
4- Padre Prof. Dr. Vítor Melícias, com o tema “A Solidariedade no Contexto Social”.
INSCRIÇÕES – Delegação de Lisboa da ACAPO
Rua Rodrigues Sampaio, 146 – 2.º Esquerdo
1150 – 282 LISBOA
E-MAIL – sec-lisboa@acapo.pt
Telefone – 21 318 29 10
quinta-feira, 26 de março de 2009
Guião "À Descoberta das Ciências no Palácio" para público cego e surdo - Palácio de S. Lourenço
Em parceria com os Serv. Ed. do Museu de História Natural, estará disponível a partir de 18 de Maio a actividade "De Palácio a Palácio: um percurso pelo Funchal com as ciências", destinado a jovens invisuais. Os Palácios em causa são o de São Pedro, hoje Museu de História Natural, e o de São Lourenço, onde funcionou em meados do séc. XIX o primeiro museu da Madeira: o Gabinete de História Natural.
As especificações destas actividades estão dependentes do apoio a ser prestado por técnicos da Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação, ainda não definido.
O paradigma na construção de novas missões museológicas
O papel social dos museus tem-se apresentado como uma crescente preocupação por parte dos profissionais e das instituições museológicas, constituindo um novo desafio, resultante do alargamento do conceito de públicos, dos programas dos serviços educativos, da renovação dos projectos museológicos e discursos museográficos assim como da disposição arquitectónica dos espaços e edifícios. Gilles Grandjean (Fondation, 1991:101-106) afirma que os museus têm de compreender a natureza insubstituível do seu papel e do seu imenso potencial na possibilidade de oferecer satisfação aos públicos com deficiência. Sem dúvida, estas questões obrigam a que uma nova visão museológica se cruze, inevitavelmente, com a questão da revitalização do conceito de museu, que passa em grande parte pela sua difusão “além paredes”.
Os museus ocupam um lugar paradoxal na cultura. Para que servem? Qual o seu objectivo na sociedade contemporânea? Nos últimos anos tem-se assistido a uma busca incessante pelo aumento de públicos. Ainda assim, os museus continuam a falhar no incremento do número de visitantes, principalmente na atracção de minorias e na competição com outros espaços de lazer. Estas questões obrigam os profissionais de museus e pensar menos na conservação e mais nas missões dos serviços de educação e dos próprios museus. A função social dos museus tem potencial e competências para desempenhar funções sociais. Coleccionar, preservar e expôr não poderão ser um fim em si, mas um meio de desempenhar um papel social, facilitando o acesso à cultura.
Nascido da sociedade ocidental, o Museu afirmou-se como uma criação cultural urbana cuja função e importância é desde sempre interrogada, paralelamente à sua progressiva afirmação de lugar de cultura, de conhecimento, de ilusão e de metáfora do mundo, de ressonância de poder (…) O Museu oferece-se como um campo de representação onde é possível constatar, analisar e reflectir sobre questões que atravessam verticalmente a sociedade contemporânea (Guimarães, 2004:17-18).
Desde 1980, assiste-se a uma mudança de natureza e de conceito, a uma maior harmonia entre a teoria social e as práticas museológicas (Macdonald, 1996). O Museu actual assume vários papéis: lazer, educacional, cultural, social. É um símbolo da comunidade, com um estatuto legitimador e possuidor de características dinâmicas. Os Museus, em conjunto com a antropologia e a sociologia, colaboram na formação da modernidade. Pode e deve ser entendido como um local onde o mundo é realidade, ganhando, desta forma, importância no contexto do desenvolvimento, em termos de afirmação de identidade cultural e de manifestação do seu potencial educativo (Prösler, 1996). Não é, igualmente, novidade para estas instituições, a necessidade de mudança, à qual têm sido expostos, no decorrer das últimas décadas, ao nível da sua organização, gestão, recursos ou actividades (Sandell, 2002:46-47).
A nova visão museológica preocupa-se com os públicos e planeia a sua projecção social. Envolve-se em filosofias democráticas, prevenindo-se contra o escrutínio do público e desenvolve estratégias de marketing, de forma a alterar as tendências, em prol das necessidades das diversas audiências, cada vez mais exigentes e conscientes dos seus direitos enquanto público cultural. Cabe aos museus conseguir comunicar com todos os seus públicos, de forma correcta e assídua. Tal como Eilean Hooper-Greenhill (2005) verbaliza, os museus têm de comunicar ou acabarão por enfrentar a sua própria “morte”.
Estabeleceu-se a oposição entre “nós” e “outro”, sendo o primeiro referente ao visitante-tipo e o segundo a todos os que não se enquadram nesse conceito.
A estrutura mental do “outro” faz parte da sociedade desde os primórdios da civilização. É um conceito criado a partir da negação. Ou seja, o “outro” é aquele que não é “nós” (aquele que não é branco; que não é católico; que não é europeu; que não é saudável, que não é fisicamente perfeito…). Por outro lado, a noção de “nós” nasceu, igualmente, com a construção de um sistema cronológico que suporta a “nossa visão de nós próprios”, (Hooper-Greenhill, 1997:29): Nós / Outro; Cristão / Pagão; Clássico / Bárbaro; Homem / Mulher; Branco / Negro; Razão / Magia; Conhecimento / Ignorância; Moralidade / Imoralidade; Progresso / Estático e Cultura / Natureza.
Quando se transporta essa percepção para a vida social e cultural, aplica-se-lhe uma compreensão ética e criam-se áreas especiais para grupos de pessoas específicos. Desta forma, a noção de acessibilidade está presente, independentemente de ter uma aplicabilidade correcta, ou, pelo contrário, de estimular, ainda mais, a exclusão através da promoção do preconceito, da xenofobia, do racismo e da discriminação que elevaram barreiras culturais intransponíveis nestes micro-ambientes que são os museus e outros centros de arte (Agyeman e Kinsman, 1997).
Os museus têm o dever social de articular a cultura com todas as pessoas, inclusive com os “outros”, combatendo o monocentrismo instalado que nega a pluralidade, eliminando o medo pelo desconhecido com a noção de que não existem audiências passivas. Estas, como já se referiu, são diversificadas e autoritárias, no que concerne a aplicação e valência dos seus direitos, enquanto membros de uma sociedade activa e multicultural. Os museus, especialmente os que usufruem de fundos públicos, devem ser relevantes para todos os membros da sociedade, para todos os que contribuem para a continuação do seu funcionamento. Os museus devem estabelecer os seus objectivos em consonância com as necessidades de todos os indivíduos, devendo dar primazia aos objectivos sociais e não aos culturais (Dodd e Sandell, 2001).
Neste seguimento, os profissionais de museus já tomaram consciência que os museus têm de ter relevância de forma a cativarem as populações diversificadas. É imperativo estarem atentos às necessidades das comunidades. Para isso, é necessário estabelecer contacto, envolver e atrair novos públicos. É fundamental tornar o museu acessível, física e intelectualmente, e encorajar as novas práticas museológicas.
A distinção entre os vários públicos dos museus deve ser estabelecida. Os museus devem tomar em conta aspectos que os ligam a cada um desses públicos, como um todo. Não deve, no entanto, procurar elos de ligação com as características do indivíduo em particular. Merriman estabelece cinco tipos de visitantes de Museus: os que o museu já conquistou e mantém, as pessoas que normalmente não visitam museus, os alunos e professores (público escolar), os turistas e os profissionais de museus. Já Hargreaves subdivide os públicos em três simples categorias: os frequentes (pelo menos três visitas/ano), os ocasionais (duas ou menos visitas/ano) e os não participantes.
Hargreaves estabelece ainda seis parâmetros que devem ser considerados para cativar e manter esses mesmos públicos. Segundo este pensador, são estes os motivos que levam um adulto a visitar um museu, sendo eles: a interacção social, ir ao museu para estar / conviver com as pessoas; para fazer qualquer coisa que “valha a pena”; para se sentir confortável; para ter uma nova experiência / desafio; para ter a oportunidade de aprender algo novo ou, simplesmente, por participação activa; acrescenta ainda que se resolveriam muitos problemas de audiência “ se reconhecêssemos que os participantes ocasionais e os não participantes procuram experiências e recompensas diferentes daquelas que actualmente encontram nos museus. Se os queremos a adorar museus, temos de lhes oferecer alguns dos valores que para eles são importantes, em programas que vão de encontro com algumas das suas necessidades, enquanto se continua a providenciar o que os visitantes frequentes já acham satisfatório e recompensador” .
Igualmente, na sua perspectiva, existem, grupos sub-representados, encontrando-se em primeiro lugar, de forma destacada, o grupo constituído pelas pessoas com deficiência. Tal como refere, it is impossible to underestimate the importance of addressing the needs of people with disabilities as part of mainstream gallery position (Hooper-Greenhill, 1997:191), seguidas pelos jovens entre os 13 e os 23 anos, os negros e minorias étnicas e, por último, os grupos familiares, idosos, mulheres e estudantes (Hooper-Greenhill, 1997).
Os museus têm um importante papel para a “união” social promovendo o aumento da auto-estima, tanto a nível individual como colectivo, enquadrando os seus visitantes enquanto membros de uma sociedade. No entanto, para isso, necessitam obrigatoriamente de se envolver com os públicos que pretendem alcançar, precisam de entender os seus objectivos e aspirações, criando práticas culturais inclusivas. Se assim não for, correm sérios riscos de se converterem socialmente em locais “negativos”, ajudando, desta forma, à promoção da marginalização. Apesar da alteração de atitudes em relação ao papel social e às responsabilidades que os museus devem ter, muitos museus continuam a manter uma actividade centrada nas suas colecções, na gestão e criação das mesmas. Essa atitude pode e deve ser mantida, no entanto, é imprescindível que o museu mantenha um “pé no passado”, mas consiga, igualmente, colocar um “olho no futuro”.
Os museus têm a responsabilidade social de atrair audiências, qualquer que seja o seu background, no entanto, muitos profissionais de museus não estão bem cientes do significado que acopla a diversidade cultural e dos desafios e oportunidades que estas diversidades podem trazer aos museus (Dodd e Sandell, 2001:103).
Tal como se referiu, os museus para além do papel educativo e cultural têm ainda uma grande responsabilidade social, devendo ser completamente integradores para que os visitantes com deficiência possam usufruir ao máximo da exposição e da sua interpretação. Desde muito cedo que o Disability Discrimination Act (DDA), proibiu a prestação de qualquer serviço que fuja da razoabilidade na dificuldade do seu uso. “Museums, as service providers, must therefore take reasonable steps to change any policy, practice, procedure or physical layout which makes it impossible or difficult for a disabled person to use the service, and must provide auxiliary aids to make the service easier to use” (Nolan, 1997:1).
Da mesma forma, a preocupação pela inclusão deve abranger vários sectores e não apenas as barreiras físicas. Estas são fundamentais mas não são as únicas que podem levar ao afastamento de públicos. E, também, devem ser considerados todos os tipos de deficiência, e não, apenas, a “tradicional” cadeira-de-rodas, ainda que exista a deficiência física, esta não implica obrigatoriamente que seja referente aos membros inferiores.
A deficiência é muito mais abrangente do que tradicionalmente se considera, quando se encara a eliminação de barreiras e a inclusão de públicos com necessidades especiais. As barreiras de comunicação são tão frustrantes como as físicas, já para não se falar nas barreiras sociais e de preconceitos.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Museus Inclusivos contra a Exclusão Social
Segundo o Instituto Português de Museus (IPM) apenas 20 dos 120 museus portugueses "têm projectos em curso" para pessoas com deficiência, tais como exposições complementadas com audioguias, textos escritos em Braille, instalações com rampas ou elevadores e materiais pedagógicos específicos.
Como já referido, apesar da existência de uma vasta legislação e um enquadramento jurídico que apoia a inclusão, na verdade, os direitos praticados pelas instituições nem sempre obedecem às normas. Tal como refere Ruivo, o direito realmente praticado num processo-acção leva muitas vezes as instituições a obedecerem a sistemas contraditórios de ordem e poder. Até, porque, as instituições tendem a actuar sob sistemas que pretendem atrair audiências enquanto as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS’s) ficam com a responsabilidade do combate à exclusão social.
Tal como refere Caroline Lang (Dodd e Sandell, 2001), Museums and galleries have a significant role to play in promoting social inclusion. A inclusão / exclusão social são conceitos relativamente recentes, a sua origem remonta à década de setenta do século XX, aquando o seu uso em França, para nomear aqueles que não estavam contemplados na Segurança Social, desde aí, o conceito tem vindo a alargar-se e a integrar-se nas várias áreas (social, política, cultural, etc.), significando a desvantagem e desigualdade e acomodando-se a outros conceitos, como a marginalização, pobreza , etc. Simultaneamente, a sua aplicação vulgarizou-se e expandiu-se, ainda que mantenha características estáticas nas várias aplicações do termo (Dodd e Sandell, 2001).
A exclusão social encontra-se intimamente ligada a uma série de elementos, características que normalmente se combinam, como sendo o desemprego, marginalidade, más condições de vida, pobreza e problemas de saúde. Numa aplicação mais direccionada, a nível individual ou de grupo, indica o não acesso a bens, direitos ou serviços, nos diversos aspectos vivenciais, adquirindo uma dimensão cruzada a nível económico, social, politico e cultural.
Parafraseando Dodd e Sandell (2001:14), when the new elite says we must tackle social exclusion such a statement could mean a lot of different things. “Social exclusion” sound like a nasty thing because of its vague association with poverty and deprivation. However, like most key terms in the language of the new elite, “social exclusion” is a radically subjective concept. Anybody can be socially excluded if they feel that way, or what is more often the case, if the new elite thinks they should feel that way. Na prática, os museus enfrentam dificuldades em adaptar as suas colecções a públicos diversificados e se não o fizerem serão acusados de sobrevalorizar as colecções em detrimento das pessoas. Contudo, social exclusion is about the inability of our society to keep all groups and individuals within the reach of what we expect as a society. It is about the tendency to push vulnerable and difficult individuals into the least popular places, furthest away from our common aspirations (Dodd e Sandell, 2001:103).
Ao longo dos últimos anos, os museus têm dilatado esforços de forma a alcançar novos públicos que possam usufruir de práticas inclusivas, tornando-se centrais, assumindo o seu importante papel na promoção sócio-cultural. A única forma de servirem a sociedade em que se inserem, através da educação, informação, promoção da criatividade, alargamento de horizontes e promoção de novas visões sociais e culturais, é desafiando os estereótipos e combatendo a intolerância. Desta forma, têm de se alterar as agendas museais e, sobretudo, a forma de conceber os projectos e os programas educativos. Alterar filosofias, valores, objectivos e práticas é indispensável para que as audiências aumentem e a comunidade se envolva com o museu. Da mesma forma, é indispensável a eliminação de barreiras, sejam elas, físicas, intelectuais, emocionais, financeiras ou culturais.
Muitos museus têm sofrido pressões sociais no sentido de alterarem os seus comportamentos, através da criação de projectos inclusivos. Em paralelo, são convidados a “prestar contas” sobre o que têm feito, ou estão a fazer, em prol desse objectivo. No entanto, essa pressão leva a que não se proceda da forma mais correcta, provocando a inaplicabilidade e o desânimo por parte das audiências e dos próprios profissionais. Um dos motivos prende-se com a pluralidade do conceito de inclusão. Enquanto uns associam a inclusão a deficientes, outros, associá-lo-ão a (outros) públicos marginalizados, como estrangeiros, grupos étnicos, grupos de estratos económicos baixos, ou até mesmo, por exemplo, aos horários ou preços aplicados. No meio de toda esta panóplia de interpretações, os museus procuram alcançar os grupos sub representados no seu conceito de visitante-tipo, procurando eliminar todos os obstáculos (sociais, económicos, físicos, intelectuais e emocionais), de forma a alcançar o número máximo de audiências.
Mas, tal como refere Richard Sandell, em todos os assuntos controversos, há sempre um outro lado a considerar As queixas são várias e diversificadas. Estas vão desde o desvio dos museus do seu propósito e objectivos, que vêem, através da inclusão social, as suas responsabilidades subvertidas a favor de fins políticos e governamentais, colocando as suas colecções em risco de danos e destruição precoce, atribuindo, aos conservadores, a missão, não de preservar, mas de cativar público, à impossibilidade de contemplação das exposições com a frequente perturbação da inclusão de todos os públicos. A estas críticas a resposta não pode ser outra se não a de que o museu se deve preocupar com as necessidades dos seus visitantes e tentar colmatar as falhas que levam os não visitantes a não verem relevância nestas instituições (Dodd e Sandell, 2001).
As alterações culturais e demográficas obrigam a criação de “boas práticas” museológicas. Ao longo dos anos, os museus foram adquirindo, para além da preservação cultural, valores de educação, turismo e lazer. Agora, torna-se necessário trabalhar as suas perspectivas a nível de discriminação e desigualdade social, em proveito da inclusão de todos os públicos. Obviamente, não serão os museus a trabalhar em contextos políticos e governamentais, na diminuição de padrões sociais, como a pobreza e o crime, mas podem ajudar no aumento de auto-estima e de confiança pessoal, bem como no sentimento de identificação e de pertença, respondendo, desta forma, às questões da desigualdade, injustiça e discriminação.
A relação convencional entre os museus e os seus públicos está a mudar. O tradicional modelo de museu, o museu elitista e autoritário, está cada vez mais instável e em vias de extinção. Actualmente, os museus vêem-se num universo mais lato e vasto, reconhecendo o seu valor e potencial na alteração de conceitos e valores anteriormente encarados como irrelevantes. As novas relações público / museus baseiam-se na participação activa e na partilha da tomada de decisões por parte das audiências (Dodd e Sandell, 2001:76).
Ao falar de exclusão museológica, e dada a diversidade do tema, não se poderia deixar de referenciar os museus do interior, aqueles que ficam fora dos circuitos urbanos e que acabam eles próprios por se sentirem marginalizados face à inclusão cultural. Caberá, desta forma, às Câmaras Municipais, constituírem-se como actor aglutinante ou dinamizador de iniciativas locais que promovam a inclusão social e cultural. O sentimento de impotência em termos interventivos deve-se, normalmente, ao desconhecimento de como actuar, não só face à diversidade, como também á grande extensão de fenómenos de exclusão de origem local que acaba por conduzir à falta de motivação para combater a exclusão.
Há e haverá sempre factores que podem funcionar como obstáculos a uma participação total e eficaz, vindos, muitas vezes, por parte dos indivíduos. Estes, ao invés de terem um envolvimento intensivo e dinâmico, optam por uma atitude passiva e pouco encorajadora. O envolvimento do público-alvo que se pretende atingir é fundamental mas, para isso, é, igualmente, necessária uma conjugação de esforços por parte de todos os agentes e actores, bem como o funcionamento de serviços indispensáveis, o incentivo à participação e a criação de condições necessárias.
terça-feira, 24 de março de 2009
III Encontro de Educação em Ciências - A educação científica de alunos com necessidades educativas especiais
Um dos paineis írá abordar a importância dos museus e centros de ciências na educação científica dos alunos com necessidades especiais.
O programa não está completo e por isso podem-se apresentar propostas de comunicação /poster (normas nos sites abaixo – prazos até 17 de Abril)
Mais informações:
http://blogs.ua.pt/pfeec_ua/
http://www.pavconhecimento.pt/destaques/conf_ne_2009.asp
Fonte: No Mundo dos Museus
segunda-feira, 23 de março de 2009
Art Beyond Sight: Multimodal approaches to learning
If you wish to register, you will find the registration form by following the link below or attached to this email along with further information on some of the speakers attending.
http://www.artbeyondsight.org/change/aw-conference-2009.shtml
Please fill out the form and send it back to me. You will find all payment information on the form. If you have any question, please don’t hesitate to contact me.
We would truly appreciate if you could pass on this information to anyone you think would be interested.
Project Coordinator
Art Education For the Blind
589 Broadway
New York, NY 10012
tel:(212) 334-8723
fax:(212) 941-6024
www.artbeyondsight.org
www.nybeyondsight.org
Art Beyond Sight: Multimodal Approaches to Learning
An International Conference
Co-sponsored by Art Education for the Blind &
The Metropolitan Museum of Art
Location: The Metropolitan Museum of Art, 1000 Fifth Avenue, New York City
Art Education for the Blind (AEB) and The Metropolitan Museum of Art have set Friday and Saturday, October 16 and 17 as the dates for their third biennial international conference on multimodal approaches to learning. The conference will further address the challenges faced by educators, artists, museum professionals, architects and designers to create learning opportunities and inclusive learning environments that better serve all audiences, and meet the needs of learners with sensory impairment or those who use different learning styles.
The conference will showcase best practices in classroom and museum education, as well as pioneering approaches to learning, exhibition and program design. The multidisciplinary plenary sessions that are a trademark of the Art Beyond Sight conferences will feature art historians, anthropologists, curators, neuroscientists, new media and Universal Design experts, architects and educators, who will present their diverse perspectives on disability, the senses, art and education. In addition to plenary sessions, concurrent sessions will include discussions and thought-provoking cross-disciplinary dialog focused on issues of education program design, product design, new technology and the senses, museums and learning environments in the 21st century, among other topics.
Speakers scheduled include: David Howes, Concordia University; Constance Clausen, Concordia University; Pawan Sinha, MIT Harvard; Alvaro Pascual-Leone, MIT Harvard; Lofti Merabet, MIT Harvard; Richard Sandell, University of Leicester; Georgina Kleege, University of Berkeley; Madalina Diaconu, University of Vienna (Austria); Patrick Dvelieger, University of Leuven (Belgium); Carlos Mourao Pereira, architect, Lisbon (Portugal); Valerie Fletcher, Adaptive Environments; Yuri Danilov, University of Wisconsin
Panelists include: Mandayam A. Srinivasan, MIT Touch Lab; Michael Schneider, ESI; Edmund Mooney, sound designer and artist (NY); Bruce Odland, Sound Artist (NY); Alison Jones, artist, Liverpool (Uk); Heather Bowring, artist, London (UK); John Bramblitt, artist, Denton (TX); Edu-Art, Gioia Aloisi and Monica Gorini, artists, Milan (Italy), Rebecca Fuller, RAF Models; Anna Schuleit, artist (MA); Eric Brun-Sanglard, Interior Designer (CA); Marcus Weisen, Museums and Galleries without Barriers (UK); Hannah Goodwin, Museum of Fine Arts Boston, Trish Maunder, Exhibit Developer/Educator
Registration: The official registration form is posted on www.artbeyondsight.org. If you wish to have the form emailed to you, send your name and email address to: aeb@artbeyondsight.org; with “October Conference” in the subject line.
Inclusão versus conservação?
The principal ethic that governs and drives the conservator is to protect and preserve, inevitably resulting in a Dont’t Touch philosophy that can be readily perceived as negative anda t odds with the desire to view, use and enjoy the objects and artefacts held in museums. The process of conserving an object is usually carried out behind closed doors by a few individuals who will develop an intimate knowledge of the object and any consultation regarding the extent and nature of the conservation process is usually limited to the curator. (Dodd e Sandell, 2001:89).
A criação de museus tem como objectivo tornar acessível alguns aspectos culturais ao público em geral, no entanto, o conceito de o museu para todos e com colecções tácteis vai contra o objectivo primordial dos profissionais de museologia, o qual se traduz na conservação dos objectos expostos. Será que se deverá criar réplicas para serem tacteadas? Haverá peças sacrificáveis? Como manusear? Que posição tomar em relação às reservas abertas? Eis algumas das questões com as quais os profissionais de museologia se debatem.
O contacto directo do público com o objecto, o qual não é possível quando o mesmo se encontra num ambiente de vitrina, leva o conservador, de forma automática, a colocar questões sobre a protecção e preservação do objecto a ser manuseado.
Sob o ponto de vista dos objectos é de ressaltar que estes necessitam de condições adequadas de humidade relativa, de temperatura, de luminosidade, de acondicionamento, de manuseamento, de limpeza e de restauro, condições essas que têm de ser respeitadas mas as quais serão violadas através da permissão de interacção com o público. Por outro lado, os críticos que tomam o lugar oposto, justificam a sua tomada de posição, argumentando que são as pessoas que têm necessidades e não os objectos (Dood e Sandell, 2001: 91). Aqui talvez a solução resida no respeito mútuo. Se o público for ensinado a manusear as peças, e alertado para a importância das boas práticas para a perpetuação das mesmas ou, pelo menos, para o aumento da durabilidade dos objectos, poder-se-á chegar a um consenso que apoie ambas as posições. Da mesma forma, os museus devem estar mais atentos às vontades e desejos das possíveis audiências. Também aqui as audiências desempenham um papel importante, na medida em que têm de ser flexíveis na sua aproximação aos objectos. Deste modo, tornar-se-á possível responder às suas necessidades.
No entanto, há sempre excepções que têm de ser ponderadas. Por exemplo, no caso dos cegos, colocar-lhes a obrigatoriedade do uso de luvas, aquando do manuseamento de alguns objectos, é sinónimo de vedar-lhes, novamente, a possibilidade de “ver” ditos objectos, dado que a sensibilidade táctil poderá ser condicionada e alterada, se não mesmo, impossibilitada, em alguns casos.
As decisões nem sempre se apresentam como fáceis e os problemas, por vezes, são de (quase) impossível resolução. Torna-se necessária a existência de um meio-termo, um cruzamento de possibilidades, dadas as características específicas das questões que se colocam. Por vezes, as peças podem ser sacrificadas mas também terão de ser respeitadas todas aquelas que dadas as suas condições particulares não poderão obedecer a critérios tácteis.
sexta-feira, 20 de março de 2009
A Conceptualização de Museu
a) Garantir um destino unitário a um conjunto de bens culturais e valoriza-los através da investigação, incorporação, conservação, interpretação, exposição e divulgação, com objectivos científicos, educativos e lúdicos;
b) Facultar acesso regular ao público e fomentar a democratização da cultura, a promoção da pessoa e o desenvolvimento da sociedade.
Consideram-se museus as instituições, com diferentes designações, que apresentem as características e cumpram as funções museológicas previstas na presente lei para o museu, ainda que o respectivo acervo integre espécies vivas, tanto botânicas como zoológicas, testemunhos resultantes da materialização de ideias, representações de realidades existentes ou virtuais, assim como bens de património cultural imóvel, ambiental e paisagístico.
Esta é a definição de Museu, segundo a Lei-Quadro. Como se constata nas suas alíneas, o Museu encontra-se ao serviço da protecção e conservação do património mas, também, do público. Dita definição não difere da defendida pelo ICOM, na qual o museu se encontra ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, é aberto ao público. Para além disso, deve adquirir, conservar, investigar, comunicar e expôr a evidência material do Homem e do que o rodeia, com o objectivo de estudar, educar e divertir. No entanto, por mais natural que estas missões possam parecer, a verdade é que caracterizam a longa evolução que os museus foram sofrendo ao longo dos anos.
O que é um Museu? Que características deve ter? Que condições deve reunir para o seu reconhecimento? Todas as questões sofreram uma evolução nas suas respectivas respostas. De 1951 a 1983, o museu foi questionado e definindo o seu reconhecimento perante a sociedade, seguindo sempre parâmetros de abertura que modelaram novas formas de actuação. O seu esforço em acompanhar as tendências sociais, não pode deixar de ser reconhecido mas, o museu enfrenta novos desafios que se elevam para além da conservação e exposição, e que se cruzam com a captação de públicos.
Muito tempo separa os Gabinetes de Curiosidades do agora complexo museu contemporâneo massificado, que vê a sua sobrevivência ligada ao desenvolvimento de técnicas de convencimento, nos processos de comunicação e divulgação. A caracterização dos museus deste século, qualificam-no como um espaço de representação para um público cada vez mais heterogéneo e exigente. Não basta, para a sua sobrevivência, a acumulação de história e de tempo, têm de ser activos na busca e satisfação de necessidades, necessidades essas que se prendem, igualmente, com as das pessoas com deficiência que não poderão ser esquecidas no planeamento dos programas museológicos actuais.
quinta-feira, 19 de março de 2009
Decreto-Lei 3/2008, de 7 de Janeiro, Inclusão ou Exclusão
Para mais informações e inscrições contactar:
Serviços de Leiria e Sede Nacional
Tel. 244569130 ou 213889883/4
E-mails: info@apd-leiria.org.pt , info-sede@apd.org.pt
Entrada Gratuita.
Programa
14:00H - Abertura do secretariado
14:30H - Abertura da sessão
- Presidente da Câmara Municipal de Leiria
- Direcção Regional de Educação do Centro
- Direcção Nacional da Associação Portuguesa de Deficientes
15:30H - Painel – Decreto-Lei 3/2008, de 7 Janeiro: Inclusão ou Exclusão
Moderadora – Professora Isabel Palha
- Sindicato dos Professores da Região Centro
- CNIPE-Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação
- CONFAP-Confederação Nacional da Associações de Pais
- Direcção da Delegação Distrital de Leiria da APD
15:50H - Pausa
16:10H - Debate
16:40H - Conclusões
Para consultar as diferenças entre o DL 319/91 e o actual DL 3/08 clique aqui!
quarta-feira, 18 de março de 2009
Glossário
"Acessibilidade é uma característica do ambiente ou de um objecto que permite a qualquer pessoa estabelecer um relacionamento com esse ambiente ou objecto, e utilizá-los de uma forma amigável, cuidada e segura"
“Acessibilidade significa não apenas permitir que pessoas com deficiências participem de actividades que incluem o uso de produtos, serviços e informação, mas a inclusão e extensão do uso destes por todas as parcelas presentes em uma determinada população, com restrições as mínimas possíveis.”
Conjunto das condições de acesso a serviços, equipamentos ou edifícios destinadas a pessoas com mobilidade reduzida ou com necessidades especiais
Acessibilidade Web refere-se a prática de fazer websites que possam ser utilizados por todas os usuários. As necessidades que a "Acessibilidade Web" pretende abordar incluem:
- Visual: Deficiências Visuais, incluindo cegueira, vários tipos comuns de baixa visão e baixa acuidade visual, vários tipos de daltonismo;
- Motora / Mobilidade: Dificuldade ou impossibilidade de utilizar as mãos, incluindo tremores, lentidão muscular, perda ou baixo controle muscular, etc.
- Auditivos: Surdez ou deficiência auditiva, incluindo indivíduos com pouca audição;
- Convulsões: Fotoepilepticos
- Cognitiva / Intelectual: Deficiência desenvolvimento, dificuldades de aprendizagem e deficiências cognitivas de várias origens.
Ajudas Técnicas
Ajudas técnicas são dispositivos que se destinam a compensar a deficiência ou a atenuar as suas consequências, bem como a permitir o exercício das actividades quotidianas e a participação na vida escolar, profissional e social.
Ampliador de ecrã
Programa de computador que amplia uma porção de ecrã. São utilizados sobretudo por pessoas com baixa visão.
Braille
É um sistema de leitura com o tacto para cegos inventado pelo francês Louis Braille.
Deficiência
Uma pessoa com deficiência é uma pessoa de corpo inteiro, colocada em situação de desvantagem, ocasionada por barreiras físicas/ambientais, económicas e sociais que a pessoa, por causa das suas especificidades, não pode transpor com as mesmas prerrogativas que os outros cidadãos. Estas barreiras são muitas vezes reforçadas por atitudes marginalizadoras da sociedade. Compete à sociedade suprimir/reduzir ou compensar estas barreiras a fim de garantir a cada pessoa beneficiar de uma cidadania de pleno exercício, isto é, no respeito dos direitos e deveres de cada um" .
Este conceito foi definido pela Organização Mundial de Saúde através da sua subdivisão:
- Deficiência – Qualquer tipo de dano ou anormalidade na estrutura física, psíquica e anatómica dos indivíduos.
- Incapacidade – Qualquer tipo de dano total ou parcial de uma capacidade funcional dos indivíduos.
- Handicap – Qualquer tipo de desvantagem que advém de uma interacção deficiente entre o individuo e o seu meio-envolvimento.
Descriminação
É o acto ou efeito de separar, ou seja, a capacidade de estabelecer diferenças que podem levar a tratamentos desiguais. Discriminar significa "fazer uma distinção".
Design Universal ou Design Total
Significa "design que inclui" (o contrário de excluir) e "design para todos", ou seja, livre de barreiras para dar acessibilidade a pessoas com deficiência que se rege pelos seguintes princípios:
- Uso equitativo
- Flexibilidade de uso
- Simples e intuitivo
- Informação perceptível
- Tolerância ao erro
- Baixo esforço físico
- Tamanho e espaço para uso e finalidade
Educação Inclusiva
Educação inclusiva é um sistema de educação e de ensino onde os alunos com necessidades especiais, incluindo os alunos com deficiência, são educados na escola do bairro, em ambientes se salas de aula regulares, adequados à sua idade (cronológica), com colegas sem deficiência e onde lhes são oferecidos ensino e apoio de acordo com as suas capacidades e necessidades individuais.
Ergonomia
É uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interacções entre seres humanos e outros elementos de um sistema, e também é a profissão que aplica teoria, princípios, dados e métodos para projectar a fim de optimizar o bem-estar humano e o desempenho geral de um sistema . Os ergonomistas contribuem para o projecto e avaliação de tarefas, trabalhos, produtos, ambientes e sistemas, a fim de torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas. (IEA, 2000).
Empowerment
È o processo através do qual os indivíduos adquirem as capacidades e os conhecimentos sobre si mesmos e sobre o ambiente que os rodeia, permitindo-lhes aumentar a autoconfiança e a capacidade de exercer controlo sobre o meio social, de modo a produzir as mudanças que eles próprios desejam.
Exclusão
O termo exclusão, implica que um indivíduo, ou grupo de indivíduos seja excluído de algo, deste modo, exclusão social indica alguém que é excluído da sociedade.
Exclusão social
O termo «exclusão social» teve origem em França e, no modo francês de classificação social, neste caso, especificamente relacionado com pessoas ou grupos desfavorecidos. O sociólogo francês Robert Castel (1990), definiu a exclusão social como o ponto máximo atingível no decurso da marginalização, sendo este, um processo no qual o indivíduo se vai progressivamente afastando da sociedade através de rupturas consecutivas com a mesma.
Afastamento ou tratamento injusto de pessoa(s) por se considerar que não se enquadra(m) nos padrões convencionais da sociedade, marginalização;
Existem diversos tipos de exclusões sociais, Alfredo Bruto da Costa (1998), referiu que as exclusões sociais, deveriam ser definidas consoante as causas que apresentavam e os efeitos que exigiam. Nesta perspectiva, o autor categorizou a exclusões sociais de cinco modos: a exclusão de ordem económica, social, cultural, patológica, e comportamentos auto-destrutivos.
Inclusão social é uma acção que combate a exclusão social geralmente ligada a pessoas de classe social, nível educacional, portadoras de deficiência física, idosas ou minorias raciais entre outras que não têm acesso a várias oportunidades.
Igualdade de Oportunidades
È o processo pelo qual diversos sistemas da sociedade e o meio envolvente, tais como serviços, actividades, informação e documentação, se tornam acessíveis a todos e em especial às pessoas com deficiência.
Leitor de ecrã
Programa de computador que lê o conteúdo do ecrã em voz alta. São utilizados sobretudos por cegos. Normalmente apenas lêem o texto impresso (não desenhado) que aparece no ecrã.
Museu
É uma instituição de carácter permanente, com ou sem personalidade jurídica, sem fins lucrativos, dotada de uma estrutura organizacional que lhe permite:
c) Garantir um destino unitário a um conjunto de bens culturais e valoriza-los através da investigação, incorporação, conservação, interpretação, exposição e divulgação, com objectivos científicos, educativos e lúdicos;
d) Facultar acesso regular ao público e fomentar a democratização da cultura, a promoção da pessoa e o desenvolvimento da sociedade.
Consideram-se museus as instituições, com diferentes designações, que apresentem as características e cumpram as funções museológicas previstas na presente lei para o museu, ainda que o respectivo acervo integre espécies vivas, tanto botânicas como zoológicas, testemunhos resultantes da materialização de ideias, representações de realidades existentes ou virtuais, assim como bens de património cultural imóvel, ambiental e paisagístico.
Necessidades Educativas Especiais
O termo “necessidades educativas especiais”, refere-se ao desfasamento entre o nível do comportamento ou de realização da criança e o que dele se espera em função da sua idade cronológica. A expressão “necessidades educativas especiais” reporta, assim, a todas as crianças e jovens cujas necessidades se relacionam com deficiências ou dificuldades escolares. Muitas crianças apresentam dificuldades escolares e, consequentemente, têm necessidades educativas especiais em algum momento da sua escolaridade.
Parcerias
Entende-se por parceria um conjunto de pessoas e organizações dos sectores público e privado, que se envolvem em relações de carácter voluntário, inovador e com benefícios mútuos, para atingir objectivos comuns, articulando os seus recursos e competências.
Tempos Livres
O conceito de tempos Livres não se refere apenas ao tempo não dispendido no trabalho. Na nossa sociedade moderna é o tempo dedicado ao prazer, aos interesses, à socialização, ao compromisso político, às actividades sociais, às viagens, ao desporto. É o tempo dedicado aos amigos e à família, ao cinema e ao teatro, à comida e à bebida, aos museus ou aos monumentos…É o tempo consagrado às realizações pessoais e à busca do bem-estar e da felicidade. Para as pessoas com deficiência, é também o tempo para avaliarem a igualdade de oportunidades existentes ao nível da socialização.
Turismo
Turismo é a oportunidade de viajar e de descobrir. Actualmente o Turismo é a possibilidade de uma pessoa sair de casa durante um longo ou curto período de tempo, ao longo do ano, e de usufruir do tempo de forma positiva. O Turismo, uma actividade especial dos Tempos Livres, tem diferentes significados: viajar ou permanecer na zona de residência habitual, ir até à montanha ou até ao mar, relaxar ou praticar algumas actividades, procurar o sossego ou a confusão. Para as pessoas com deficiência é também o tempo para avaliarem a igualdade de oportunidades existente ao nível da socialização.
Usabilidade
Usabilidade é um termo usado para definir a facilidade com que as pessoas podem empregar uma ferramenta ou objecto a fim de realizar uma tarefa específica e importante.
Legislação
Lei Quadro dos Museus
Declaração Universal dos Direitos do Homem
Declaração Universal dos Direitos das Pessoas Deficientes
Decreto-Lei 163/2006
Publicações do Center for Accessible Environments Design Guidence
Para comprar PDF: CAE Publications
Access Audit Handbook
The Access Audit Handbook is an multimedia planning tool for auditing the accessibility of buildings and services, and writing reports in the context of the Disability Discrimination Act 1995, funding requirements and best practice in building management. It offers straightforward guidance about undertaking access audits and writing reports to communicate recommendations. The book comes with a series of auditing checklists and a DVD of the award-winning film 'Access Audits: a planning tool for businesses '.
Alison Grant 2005 (ISBN 1-85946-177-8)
Price £35.00 (PDF copy)
This book confronts the dilemmas faced by architects and their clients in making museums and art galleries located in historic buildings more inclusive in response to contemporary access standards and regulations. Includes 14 varied case studies.
Adrian Cave 2007 (ISBN 978 1 85946 175 4)
Price £35.00 (hard copy)
Designing for Accessibility, the Centre's best-selling design guide, is now published as a joint venture with RIBA Publishing. It is the acknowledged benchmark reference and is used as an access standard for grant providers and other organisations. Includes extensive plans and dimensional data illustrating internal and external features that commonly need attention in public buildings.
Andrew Lacey 2004 (ISBN 1 85946 143 3)
Price £22.50
Good Loo Design Guide, also published with RIBA Publishing. Now updated in line with Part M of the Building Regulations and BS 8300:2001, the Good Loo Design Guide takes an inclusive approach to the provision of WCs to suit a wide range of users, and gives guidance on various WC layouts.
Andrew Lacey 2004 (ISBN 1 85946 144 1)
Price £22.50 (PDF copy)
Pode consultar outras publicações do CAE em http://www.cae.org.uk/publications_list.html
terça-feira, 17 de março de 2009
Escrita Simples
Desde logo:
O que torna, afinal, um texto artificioso e de difícil compreensão?
Quando e como surgem ruídos à comunicação, na escrita?
Todos nós, em diferentes fases da vida e em diferentes contextos, já tivemos a experiência de pôr de lado um livro, porque é complexo, não o entendemos, porque nos maça…Enfim, um sem número de razões…E quantas vezes, nós, docentes de língua materna, ouvimos um aluno dizer: “Não entendi este texto, é difícil…”?
Onde residirá, então, a dificuldade?
Podemos colocar-nos a questão ao contrário, que será certamente de resposta mais fácil:
O que é um texto simples?
Será um texto composto por frases simples na sua maioria. Será um texto com uma linguagem acessível e sem ambiguidades semânticas.
Aqui estão delineados três campos que irão actuar, cada um a seu modo, no sentido de dificultar, ou facilitar, a leitura e compreensão de um texto.
Ao nível da Sintaxe, todos sabemos, empiricamente, que quanto maior for um período, constituído por inúmeras orações e expressões entre vírgulas, onde não existe o esquema SUJ – PRED - CD, mais difícil é a análise sintáctica e consequentemente a compreensão do texto. Quem não se lembra da complexa e fastidiosa divisão e classificação de orações n’ Os Lusíadas?
Ao nível do léxico, todos sabemos, empiricamente, que uma linguagem científica, carregada de termos técnicos, pouco correntes para o cidadão comum (aqui reside uma das nossas dificuldades: definir o que é o cidadão comum…), pouco ou nada habituado com essas áreas do saber, é, por si só, um obstáculo à comunicação.
Tenha-se como exemplos a área da Filosofia, o ramo das Ciências , de pareceres Técnicos, de tudo o que , em última análise, é investigação em áreas específicas do saber. Ou se está por dentro, ou não…
Ao nível da Semântica, todos sabemos, que a ambiguidade de uma frase ou de um discurso, compromete definitivamente a comunicação… que todo o afastamento ou desvio da norma (que é comum à maioria dos falantes) é de per si não só um acto de transgressão como também, poderá ser a incipiência de um acto de criação. E aqui já entramos no domínio ambíguo, polissémico, subjectivo, conotativo do texto literário.
É claro que é fundamental definir-se a intenção do acto elocutório. Se é meramente informativo deve ser transparente e não opaco, objectivo e não subjectivo, denotativo e não conotativo, essencial e não acessório. Para informar deve referir e não sugerir.
Um bom conhecimento do público-alvo médio é fundamental. Um saber profundo do que se quer transmitir é prioritário. De posse destas duas regras básicas, como transformar a obra de arte (quando de uma obra de arte se trata…) que é tão infinitamente polissémica na sua complexidade, num material traduzível em frases apreensíveis por todos? Não estaremos a enveredar por um pressuposto previamente errado de classificação tipológica redutora?
Há riscos plurais. Porém, compete ao linguista pegar num texto escrito por um técnico (o artista, o criador, o crítico???) e reduzi-lo (reduzir acarreta perigos!) a informação comum. Isto, em nome da sacrossanta globalização e/ou democratização da arte. Mas, será que a arte se presta? Ou que a plurivocidade da mensagem se univociza? E a única voz, será “a voz”?
Há, contudo, que estabelecer previamente alguns parâmetros:
Quem é o nosso receptor?
Quem gostaríamos que fosse o nosso público?
Queremos chegar a um, cada vez maior, número de pessoas, ou não? (Até, por que, o objectivo pode não ser esse.)
Que tipo de informação pretendemos veicular? É de interesse geral? Interessa apenas a uma minoria?
Corre-se o risco, não raras vezes, de se ser elitista, sem se pretender ser elitista.
Se o objectivo é chegar, no sentido de ser compreendido, a um, cada vez maior, número de pessoas, então deve haver a preocupação de adequar o nosso texto, de sair do mundo da intelectualidade, apenas acessível a uma elite…
MAS ATENÇÃO: Não se pode, nem deve, confundir simplicidade com simplismo… Até as crianças compreendem essa diferença!
Corro até o risco de dizer que quanto mais “douto”, sábio (não só no sentido livresco, mas também no sentido lato, da vida…) é o emissor, melhor sabe comunicar, melhor, no sentido da simplicidade e acessibilidade.
Também para se ser simples é preciso ter arte!
Há que estar bem ciente do papel que pretendemos desempenhar com a nossa escrita, com o nosso texto. O “Autor”, em sentido lato, deverá ter consciência de que tem um papel pedagógico crucial. Pode ser o responsável máximo pela atitude que o potencial leitor venha a ter no futuro, perante a leitura, não só no seu sentido literal, mas também no sentido lato, que englobará, em última análise, ler a arte em geral…
Certamente que tem que haver disponibilidade mental da parte do receptor/leitor para o acto, para a aprendizagem que vai realizar.
Saindo do contexto das escolas, onde muitas vezes essa disponibilidade não existe, verificando-se apenas a obrigatoriedade de cumprir um dever, genericamente, se eu pego num livro para ler é porque, à partida, tenho uma pré disposição para a leitura desse livro; da mesma forma, se vou a um museu, é porque tenho natural curiosidade de saber mais sobre as obras de arte que por lá se encontram…
O cuidado deve ser este: Não se pode castrar esta pré disposição do saber, do conhecimento, das aprendizagens, quando o nosso intuito, repito, é alcançar uma “maioria”…
Na verdade o que realmente interessará, neste contexto, é comunicar, ensinar, transmitir conhecimentos, saber, cultura... Será, claramente, mais profícuo para o leitor/espectador, compreender a obra, do que admirá-la de forma distante, muda, hostil…
“O facto de existirem museus repletos de obras de arte valiosas e visitantes para olhar para elas, não deve chegar. É preciso que haja comunicação entre visitante e obra de arte”, tal como diz Vitalina Leal de Matos (in Ler e Escrever). A legenda, ou o texto escrito, deve substituir o guia, “explicador”, deve tirar dúvidas, esclarecer, informar, e não contrário…
Prof. Amélia Santos
segunda-feira, 16 de março de 2009
Pessoas com Deficiência: Mobilidade, Educação e Trabalho
O tema da sessão "Pessoas com Deficiência: Mobilidade, Educação e Trabalho" será dinamizado pela Doutora Isabel Guerra, Conselheira do Conselho Económico e Social.
ENTRADA LIVRE, SEM INSCRIÇÃO PRÉVIA.
CONTACTO
Adalberto Fernandes
217929562
sexta-feira, 13 de março de 2009
Acessibilidade aos Edifícios - Conceito e Exigências Legais
Formador: Arquitecto Pedro Homem de Gouveia
Programa:
10:00H - Conceito de Acessibilidade
10:15H - Enquadramento Legal (da lei que pune a discriminação às disposições estruturantes do Decreto-Lei 163/2006)
10:55H - Conceito de programa acessível
11:15H - INTERVALO
11:30H - Algumas normas técnicas do Decreto-Lei 163/2006
12:10H - Exemplos
12:30H - Hipóteses de financiamento
12:50H - Conclusão
A formação é limitada a 30 participantes e as fichas de inscrição têm de ser enviadas até 19 de Março.
Para mais informações contacte:
Margarida Filipe Ramos
T. 218 100 263
F. 218 100 202
E-mail: mafilipe@epal.pt ou margfilipe@gmail.com
quinta-feira, 12 de março de 2009
Questionário sobre a agenda europeia para a cultura
O questionário em causa está a circular em oito países europeus até 15 de Março corrente, e os seus resultados constituirão a base da planificação de outros tantos Fóruns a realizar nesses países (incluindo Portugal) entre Abril e Maio próximos, e nos quais se deseja a participação de um número significativo de agentes socioculturais, profissionais de informação de cultura, representantes de instituições públicas e cidadãos em geral.
Tal como se assinala na introdução do questionário, um relatório final resumindo os resultados do processo de consulta será apresentado às instituições europeias no final do ano e também enviado a todas as pessoas interessadas, incluindo as que tiverem respondido ao questionário. As respostas mais originais e interessantes poderão ainda valer aos seus autores um convite para participação num dos Fóruns previstos.
É extremamente importante que haja uma significativa e ampla participação portuguesa neste projecto, que não sejamos indiferentes ás questões que nele se abordam nem ao exercício de cidadania europeia que lhe está subjacente.
A Agenda Europeia Para a Cultura não será porventura tão conhecida entre nós como deveria, mesmo se um dos primeiros grandes momentos de discussão pública sobre tema foi o Fórum Cultural Europeu realizado em Lisboa em Setembro de 2007 no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia.
No entanto, trata-se de um processo da maior pertinência, decisivo para a definição da forma como a Europa lidará com a Cultura no futuro próximo. Ou, mais exactamente, com "as suas diferentes expressões e a sua diversidade, enquanto elemento-chave no desenvolvimento da União Europeia",como se alerta na introdução ao Questionário.
Agradece-se assim que respondam ao Questionário em causa, e que o difundam o mais possível nos vossos círculos profissionais ou de amizade.
O questionário está disponível na versão portuguesa em www.euromedinculture.org, para preenchimento electrónico.
Contacto:
Mário Alves
ETNIA
Rua do Poço dos Negros, 68 -1B
1200-340 LISBOA
+ 351 21 397 54 57
mario.alves@etnia.org.pt
www.etnia.org.pt
quarta-feira, 11 de março de 2009
Deficientes vão ter versão adaptada do 'Magalhães'
Deficientes vão ter versão adaptada do 'Magalhães'
Confrontado com algumas acusações de discriminação a estes alunos que têm circulado na "blogosfera", o governante começou por criticar... os críticos: "Houve quem dissesse que os alunos com deficiências não recebem o Magalhães, o que é falso", disse. "Se o pedirem, recebem-no. O que se passa é que há estudantes com deficiências que os impedem de poder utilizar a versão disponível, o que implica adaptações que levam tempo."
Segundo Valter Lemos, estas adaptações já foram feitas com os portáteis do programa E-escolas, para os estudantes do 3.º ciclo e secundário (o Magalhães é para o 1.º e 2.º ciclos), embora também com demoras. "Já foram entregues portáteis do E-escolas preparados para alunos deficientes", contou. "Ainda não foram satisfeitos todos os pedidos, mas o E-escolas é um programa que não acaba e vão surgindo novas solicitações."
Em relação ao Magalhães, admitiu o secretário de Estado, há "dificuldades" relacionadas não só com a dimensão reduzida dos portáteis mas também com o facto de estes "virem com software educativo, enquanto os computadores do E-escolas só têm o software operativo".
Mas, segundo garantiu o governante, "os serviços responsáveis do Ministério estão a trabalhar com as empresas no sentido de fazer as adaptações necessárias". Algumas das alterações, "como a substituição do texto por voz e o teclado adaptado [para invisuais], serão feitas com facilidade". Outras, reconheceu Valter Lemos, poderão ser impossíveis: "Não sei se existe tecnologia que possa ser adaptada ao Magalhães para responder a todos os desafios", disse.
Ainda assim, a promessa foi recebida com agrado pelas entidades que apoiam estes cidadãos. Para António Matos, da Associação Portuguesa de Deficientes, " todos os instrumentos de trabalho, incluindo este computador, devem ser acessíveis a todas as pessoas com deficiências de modo a que todas as crianças estejam em condições de igualdade". Já Fernando Santos, da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal, lembrou que "é possível colocar em qualquer computador o programa para adaptar o sistema a deficientes invisuais".
Por outro lado, Vítor Gomes, responsável pela Federação Nacional dos Professores para o ensino especial, defendeu que "isto deveria ter sido pensado logo no início. Se era para todos os alunos de escolaridade obrigatória, é estranho só agora ser adaptado para estes alunos com necessidades educativas especiais".
Entretanto, a ministra da Educação vai ter de explicar aos deputados, na próxima terça-feira, a pedido do PSD, o processo de selecção das empresas envolvidas na produção e conteúdos do Magalhães, na sequência da notícia do Expresso sobre dezenas de erros de português nos jogos didácticos incluídos no portátil.
Fonte: DN Online
terça-feira, 10 de março de 2009
museologia.porto
Visite museologia.porto
Junte-se a nós!
I Jornadas Supraconcelhias da Deficiência
A Câmara Municipal de Foz Côa organiza as Primeiras Jornadas Supraconcelhias da Deficiência, que decorrerão nos dias 19 e 20 de Março 2009, em Foz Côa.
Esta primeira edição das Jornadas vai de encontro com um dos objectivos do PNAI (Plano Nacional de Acção para a Inclusão) para o triénio 2008-2010, nomeadamente a discussão sobre questões relacionadas com a deficiência e a integração das pessoas com deficiência na sociedade que se pretende inclusiva.
Mais informação disponível em: http://www.cm-fozcoa.pt/cultura/AgendaCultural/I_JORNADAS_DEFICIENCIA/Paginas/default.aspx
Objectivos:
- Sensibilizar para a temática da deficiência;
- Informar sobre os direitos e deveres das pessoas com deficiência;
- Promover a reflexão e o debate sobre a deficiência ao nível da família, da escola, da sexualidade, da mobilidade e da inclusão social;
- Apresentar formas de intervenção e troca de experiências entre técnicos, familiares e entidades, promovendo mudanças de atitudes face às pessoas com deficiência.
Contactos:
Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa
Praça do Município 5150-642
Vila Nova de Foz Côa
www.cm-fozcoa.pt
email: correio@cm-fozcoa.pt
Telef. 279 760 400
Fax: 279 760 438
Nota: As inscrições são gratuitas e devem ser enviadas até ao dia 15 de Março!
domingo, 8 de março de 2009
Are you going to finish strong?
Are You Going To Finish Strong? Nick Vujicic Video Awesome video! If you watch only one video today make sure it is this one! Nick Vujicic has no limbs but he leads an incredible life! |
Integração de pessoas com necessidades especiais
A integração passa por vários aspectos, pela remoção de rótulos sociais menos favorecedores e que levam à marginalização e descriminação de deficientes, pela partilha de responsabilidades no que concerne a programação do ensino, pela planificação educacional e programática com base em várias fases, como a avaliação / observação, planeamento educacional e processos de avaliação atribuídos ao apoio do pessoal e planificação de métodos pedagógicos. A integração é um processo temporal, educacional e social.
Para Becker e MacMillan (1977), a integração é vista como mainstreaming, isto é, refere-se à integração, temporal, educacional (instrução) e social de crianças deficientes com os seus iguais, baseada no prosseguimento de determinados programas educacionais, exigindo a clarificação de responsabilidades entre as administrações regulares e especiais no que consta aos programas e ao pessoal.
A nível escolar passa pela existência de:
- Uma educação pedagógica adequada;
- Programas adequados à realidade da criança;
- Meios de ensino e de educação convenientes;
- Uma equipa de educadores e outra de técnicos com a devida preparação;
- Um regime tendente a inserir a criança no meio social.
E de forma a obter sucesso no processo educativo deve ser ponderado:
- O que é uma criança deficiente;
- A influência da deficiência no desenvolvimento;
- O que se deve entender por educação;
- Como esta se deve realizar;
- Onde se deve realizar.
Acessibilidade de conteúdos
A acessibilidade pode ser verificada a nível da compreensão de conteúdos, por vezes a informação perde-se devido à sua complexidade gramatical. Para que tal não aconteça há algumas normas a seguir, as frases devem estar na voz activa, devem ser curtas respeitando a ordem natural do discurso, em que o fim da linha corresponda com o fim natural da frase. Devem ser evitadas as frases subordinadas, as construções gramaticais complicadas, os modificadores adverbiais e palavras hifenizadas em fim de linha.
A forma oral do discurso assume particular relevância, a informação deve ser transmitida em pequenas doses e como forma de encorajamento da leitura podem ser formuladas questões, estimulando a interacção entre os visitantes, os objectos e os textos. As ideias e conceitos mais complexos devem ser expostos numa linguagem simples, equivalente à compreensão adquirida aos 15 anos de idade. Devem ser respeitadas as regras gramaticais mais simples, de forma a não prejudicar a ordem natural do discurso.
Antes de o texto ser colocado nos painéis deve ser discutido com outras pessoas e, se possível, posto à prova junto de crianças de várias idades, adultos, idosos e pessoas com diferentes níveis de aprendizagem. Devem ser escritos vários rascunhos que deverão ser lidos em voz alta a fim de ajustar palavras, pontuação e pausas. O texto deve ser usado para chamar a atenção dos visitantes no objecto e não ser tratado como algo independente à colecção. Estudos realizados concluem que se criar um nível quase poético, mantendo um estilo informal, atingirá melhor o leitor, as suas expectativas serão mais altas.
Através de uma escrita simplificada poder-se-á alcançar o acesso físico e intelectual, interagindo com os objectos e os textos, individualmente ou em grupo.
Design de Conteúdos
Ao escolher o tipo de letra, ou decidindo criar / comprar um tipo para uso exclusivo da instituição deve ter em atenção o seu grau de legibilidade e de qualidade de impressão. E ter consciência que por vezes o design de comunicação não está ligado ao design de decoração, isto é, o que realmente importa é a legibilidade do texto e esta não pode ser sacrificada em nome do embelezamento. Um típico exemplo disso é a justificação do texto, se for justificado em ambos os lados fica mais harmonioso mas provoca a criação de rios (de espaços grandes geralmente criados ao justificarmos um texto de forma a compensar os espaços originais para dar harmonia ao desenho do texto, desta forma, os espaçamentos entre palavras são sempre diferentes uns dos outros e uns ficam notavelmente maiores), que dificultarão a leitura de pessoas com dificuldade visuais.
Leitor lento: 20 000 palavras/hora - 110 000 signos/hora
Leitor médio: 28 000 palavras/hora
Leitor rápido: 60 000 palavras/hora - 330 000 signos/hora
Ao lermos não reconhecemos caracter a caracter mas sim a silhueta da palavra. Por outro lado a movimentação do olho para leitura faz-se por "sacudidelas".
Outra questão a ter em conta é a cor que se utiliza, para facilitar a legibilidade deve-se criar um contraste favorável entre a cor do texto e do fundo.
No caso de catálogos criados internamente deve-se ter em atenção que a cor da impressão e a cor que se vê no monitor têm variantes consoante o monitor e impressora utilizados, o nível de tinta no tinteiro, etc.
A codificação cromática para cor directa pode ser feita utilizando o pantone , a quadricromia , o RGB , o Ral , entre outros. Há também a diferenciação entre coated e uncoated, isto é, brilhante ou mate. Outro sistema utilizado é também o vinil autocolante mas este último não contém a gama de cores completa.
É ainda possível recorrer a programas informáticos para tratamento do texto, o paginador InDesign, para o tratamento de imagem, o Fotoshop, para desenhos e vectores o Freehand. O Quick Time VR também possibilita a justaposição de fotografias criando a sensação de visita virtual através do movimento entre as várias fotografias justapostas. Pode ser utilizado para criar visitas virtuais aos espaços e colecções do museu.
Escolha da letra
A legibilidade tem influência directa do tipo de letra escolhido. Há textos para ler e textos para ver, estes últimos são muito utilizados na publicidade e podem deixar um design muito bonito numa informação parietal mas pode ser de leitura difícil. Ao escolher a letra existe ainda a questão das ligaturas, isto é, alguns tipos deixam alguns caracteres ligados a outros (por exemplo: fi fl ≠ fi fl no primeiro exemplo (tipo de letra Garamond) o “ f ” e o “ i ” ficam ligados) que aquando a impressão cria um borrão de tinta, dificultando a legibilidade e destruindo a harmonia do texto.
Outra questão na escolha da letra é a diferença de letras com serifa ou sem serifa.
Quanto ao tamanho da letra aconselha-se que seja de 14 para material impresso e de 16 para tabelas e painéis. No entanto, alguns estudos realizados, determinaram que para pessoas com baixa visão, como idosos e pessoas com défice visual, o indicado seria de 38.
a) Caracterização deverá consistir no seguinte:
- Não utilizar muitos tipos de letra diferentes ao mesmo tempo;
- Evitar combinar tipos semelhantes;
- Não utilizar demasiados tamanhos e espessuras, marcar bem é criar grandes intervalos (tamanho 12, 16, 18, etc.)
b) Família tipográfica do tipo de letra
- Fina (light)
- Regular
- Negro (bold)
Também podemos encontrar famílias com extra fino e extra negro
CAIXA ALTA / caixa baixa / VERSALETE
Para pessoas com dificuldades na leitura tem de se ter em atenção o tipo de letra utilizado pois alguns tipos prejudicam a leitura por serem facilmente confundíveis.
Exemplo: diferença entre o “ i ” maiúsculo e o “ l ” minúsculo do tipo Arial e Garamond)
Redondo ≠ Itálico Cursivo ≠ Itálico Obliquo
O cursivo é diferente do oblíquo porque este último é o chamado falso itálico, o desenho da letra mantém-se embora ligeiramente inclinado.
Escrever para todos - Testes | Métodos
Método Ekarov
Margareta Ekarov desenvolveu a teoria do método Ekarov enquanto escrevia textos para o Swedish Postal Museum, a experiência adveio-lhe da escrita de livros para aulas de literacia dadas a adultos. Observando as condições em que muitas vezes os visitantes dos museus liam os textos de parede, isto é, entre muita gente, com pouca luminosidade, de pé, sob o ruído produzido pelos outros visitantes e/ou por visitas orientadas, etc., verificou que o nível de concentração e compreensão destes visitantes nestas condições menos favoráveis era idêntico ao de pessoas com baixo nível de literacia.
Desta forma, as condições necessárias para uma compreensão total dos textos passava pelo respeito a certas normas de escrita:
- Linguagem simples
- Frases curtas
- Apenas uma ideia principal por linha e o fim da linha deve coincidir com o fim natural da frase
- Respeitar a ordem natural do discurso
- Cada linha deve ter no máximo 45 caracteres
- Cada parágrafo não deve exceder 4 / 5 linhas
- Os verbos devem ser todos colocados na voz activa
- O sujeito deve estar enunciado no início da frase
- O texto deve reflectir o ritmo do discurso oral
No entanto, Rebekah Moran chama a atenção para o uso deste método, tem de se ter cuidado porque a simplificação levada ao extremo pode desvalorizar os conceitos ou torná-los incompreensíveis, ou por outro lado, retirar informação necessária à sua compreensão.
Fog Index
O Fog Índex é um método de calcular a dificuldade de leitura e compreensão dos textos. Tal como o Ekarov Method aconselha normas de escrita simples.
A análise do grau de acessibilidade dos textos é feita através da contagem de palavras.
O teste faz-se da seguinte forma:
1.º Contar 100 palavras até ao fim da frase completa mais próxima;
2.º Contar o número de frases construídas até obter o número máximo de 100 palavras.
3.º Dividir o número de palavras pelo número de frases, desta forma, descobre-se o número médio de palavras por frase.
Teste Fog Index
Para medir o nível de análise de textos escritos foi estabelecido um teste que identifica o nível de leitura, o nível médio situa-se entre o 7 e o 8, a partir de 12 apresenta dificuldade de leitura para a maior parte das pessoas.
Para testar o nível do texto conte o número de palavras, de frases e das palavras com três ou mais sílabas. Em seguida proceda à obtenção de médias.
a) Para calcular a dificuldade de uma frase: dividir o número de frases pelo número de total de palavras
b) Para calcular a percentagem de palavras difíceis: Dividir o número total de palavras pelo número de palavras com três ou mais sílabas
Para chegar ao nível Fog Índex: somar a média obtida no cálculo da dificuldade (a) pela percentagem de palavras difíceis (b) e multiplique o resultado obtido por 4 (quatro), o número que obtiver é o indicador da dificuldade geral do texto.
Tabela exemplificativa
Número de palavras X
Número de frases Y
Número de palavras com três ou mais sílabas Z
Calcular grau de dificuldade Y / X = A
Calcular percentagem de palavras difíceis X / Y = B%
Somar o grau de dificuldade com a percentagem de palavras difíceis A + B = C
Multiplicar o resultado obtido na tarefa anterior por 4 C x 4 = D
Grau de dificuldade do texto D
Testemunho de uma mãe
Nós, cidadãos comuns, parece que vivemos habitualmente à parte desse mundo, sempre com a ideia de que isso só acontece aos outros. Também por essa razão me custava compreender este drama por que estava a passar. Não quero com isto, dizer que agora, 18 anos depois, já seja fácil lidar com este sofrimento, já que isso é falso! O que acontece é que quando nos encontramos nestas situações problemáticas na vida, somos obrigados a "inventar" forças, a procurar coragem e resistência. Penso que já me convenci de que a vida é assim mesmo. Por isso, resta-me pedir a Deus que me dê saúde e força para continuar a tratar do meu filho, que tanto precisa de mim! O que seria dele sem a família? Nem sequer quero imaginar…
Devo dizer que os apoios ao princípio foram nulos. Apesar de ter mantido sempre o cartão de vacinas actualizado, de ter frequentado centros de saúde e hospitais, só foi encaminhado para o Ensino Especial quando chegou à idade escolar. A partir daí, o Ensino Especial disponibilizou uma professora para o apoiar em casa, mas até isso acabou a partir do momento em que “deixou de ter idade” para ser assistido por uma professora primária. Também, de vez em quando, vou com o meu filho ao Centro de Paralisia Cerebral em Coimbra, é lá que tem as suas consultas de clínica geral, fisioterapia, ortopedia, etc. Há uns anos tentei que fosse inserido num centro perto de casa, mas estava “sem vagas”. A única solução era que fosse para o infantário mas, infelizmente, sei que não iria ter a assistência necessária, pela falta de pessoal especializado. Tentei ainda que fosse autorizado a utilizar a piscina municipal, já que ele adora o contacto com a água, mas foi-me recusada, ele não tem controlo sobre as suas necessidades fisiológicas e isso levantaria vários problemas no controlo da qualidade da agua, disseram-me. Abdiquei então de uma carreira profissional e optei por ser eu a tratar dele, em casa. É certo que não sou terapeuta da fala, nem fisioterapeuta, nem tenho qualquer outro curso que me ajude a desenvolver as suas capacidades… Para isso necessitaria de muitas coisas que sozinha, e em casa, não lhe posso oferecer, mas tem muito amor.
Sinto, ainda, que os deficientes em Portugal continuam desprotegidos e abandonados. Assim, a evolução ou desenvolvimento das suas capacidades tem sido praticamente nula ou muito limitada.
No entanto, o facto de amar o meu filho e sentir que ele não conseguiria sobreviver, se algo lhe acontecesse, dá-me mais força. Temos que continuar a lutar, por nós e por eles. Desta forma, devemos esforçar-nos para lhes tornarmos os dias mais felizes, levando-os a passear, aos restaurantes, aos museus, a acontecimentos sociais, enfim, a todos os lados.
Segundo os médicos, devemos procurar boa disposição e ânimo, já que eles, no seu mundo próprio, sofrem com o sofrimento dos pais, apercebendo-se sempre dos problemas e preocupação da família mais próxima.
Além de tudo isto, fui obrigada a ultrapassar o sofrimento de quatro hospitalizações para efectuar cirurgias; não se descreve a impotência por que passamos nestas alturas em que os vemos sofrer e não conseguimos fazer nada.
Sinceramente, não sei exprimir, no papel, por palavras, aquilo que tem sido a minha vida, com um filho com paralisia cerebral. Vê-lo chorar, sem saber o que lhe dói, é cruel. Reforço, por último, a ideia de que precisamos de continuar a lutar, não só contra as nossas recaídas, mas também contra todas as instituições que vivem alheadas destes problemas.
Mãe do Quitó
sexta-feira, 6 de março de 2009
Acessibilidade - um degrau pode fazer a diferença
Entrada gratuita.
Para mais informações / inscrições:
225107036 / 223711483
info@apd-porto.org.pt
gaia@apd-porto.org.pt
Programa (provisório):
14:00H – Abertura do Secretariado
14:30H – Sessão de Abertura
Governo Civil do Porto
Presidente da Câmara Municipal de Gaia
Junta de Freguesia de Mafamude
Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social do Porto
Direcção Nacional da APD
15:00H – Participação cívica, factor de desenvolvimento social (painel)
Moderador: Arquitecto Nuno Ventura
Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral - Porto
Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal - Porto
Associação de Surdos do Porto
Associação Nacional dos Deficientes Sinistrados no Trabalho
Direcção da Delegação Distrital de Porto da Associação Portuguesa de Deficientes
15:40H – Pausa para café
16:00H – Debate
16:30H – Conclusões
quinta-feira, 5 de março de 2009
Perguntas de um mendigo que lê
“Perguntas de um Mendigo que Lê”
Grupo Crinabel Teatro no Teatro Helena Sá e Costa
As reservas das entradas gratuitas (até ao limite de lotação da sala) podem ser feitas para a Dra. Patrícia Geraldes, até às 12h de 6ªf., 05-03-09, acessível nos seguintes contactos:
t. 228302555 patriciageraldes@fipp.ipp.pt
Ficha técnica do evento:
De 5 a 8 de Março de 2009 ( de Quinta a Sábado ás 21h30, Domingo ás 16h30)
Reservas pelo numero: 22 518 99 82/3
Versão Cénica e encenação de Marco Paiva
Assistência de encenação de Milú Neto
Tradução de José Maria Vieira Mendes
Figurinos de Francisco Brás
Cartaz de Manuel Sousa Mendes
Cenografia de João Alberto
Sonoplastia de Hugo Franco e Marco Paiva
Vídeo de Diniz Machado
Com: Ana Isabel Dias, Ana Rosa, Andreia Farinha, António Coutinho, Carolina Mendes, Carlos Jorge, Filipe Madeira, Joana Ivo Cruz, João Pedro Conceição, João Léon, Manuela Ferreira, Nelson Moniz, Rui Fonseca, Tiago Barata, Tomás de Almeida, Sérgio Gonçalves.