Existem várias empresas no mercado especializadas no apoio a pessoas com necessidades especiais, deixo aqui algumas:
Electrosertec (Tecnologia Acessível)
Ataraxia (Deficiência Visual)
Tiflotecnia (Deficiência Visual)
Maketree (Elaboração de maquetas)
Anditec (Tecnologias de reabilitação)
Serviços de Tradução em Língua Gestual
Associação Portuguesa de Surdos
APPortugal
Associação de Surdos do Porto
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Como lidar com a diferença?
Normas Gerais Aplicáveis a todos os Cidadãos Deficientes
Qualquer cidadão com deficiência sofre uma perda de independência em relação aos outros e sente-se assim inferiorizado e envergonhado da sua deficiência, desta forma nunca deve ser objecto de exposição, um dos maiores problemas que o deficiente tem de superar a caridade do seu próximo, os sentimentos de compaixão são deprimentes e a piedade muitas vezes pode parecer uma esmola, a melhor ajuda é prestada por aqueles que conseguem colocar-se no lugar do deficiente sem demonstrarem que o estão a ajudar.
Procedimentos
Nunca ajude sem perguntar à pessoa se quer ser ajudada, muitas pessoas sentem-se inferiorizados, subestimados e controlados nessas situações.
Ajude, se possível, sem chamar a atenção para o que está a fazer.
Aproxime-se dos deficientes com a maior naturalidade. Todo o deficiente deseja basicamente o mesmo: ser tratado normalmente mas, infelizmente, a maior parte das pessoas comporta-se desajeitadamente ou fica inibida. Alguns desmancham-se em piedade enquanto que outros emudecem, sem contar com os que os tratam como se fossem crianças.
Tenha sempre em mente que muitos deficientes conseguem fazer mais do que se imagina, não demonstre admiração exagerada sempre que isso acontecer.
Os deficientes, tal como todos, necessitam do contacto humano e gostam de ser reconhecidos.
O rejeitar de ajuda não é sinal de má vontade mas de procura de autoconfiança, se a sua ajuda for rejeitada uma vez não deixe de continuar a oferecer-se futuramente nem leve a mal sempre que isso acontecer.
Qualquer cidadão com deficiência sofre uma perda de independência em relação aos outros e sente-se assim inferiorizado e envergonhado da sua deficiência, desta forma nunca deve ser objecto de exposição, um dos maiores problemas que o deficiente tem de superar a caridade do seu próximo, os sentimentos de compaixão são deprimentes e a piedade muitas vezes pode parecer uma esmola, a melhor ajuda é prestada por aqueles que conseguem colocar-se no lugar do deficiente sem demonstrarem que o estão a ajudar.
Procedimentos
Nunca ajude sem perguntar à pessoa se quer ser ajudada, muitas pessoas sentem-se inferiorizados, subestimados e controlados nessas situações.
Ajude, se possível, sem chamar a atenção para o que está a fazer.
Aproxime-se dos deficientes com a maior naturalidade. Todo o deficiente deseja basicamente o mesmo: ser tratado normalmente mas, infelizmente, a maior parte das pessoas comporta-se desajeitadamente ou fica inibida. Alguns desmancham-se em piedade enquanto que outros emudecem, sem contar com os que os tratam como se fossem crianças.
Tenha sempre em mente que muitos deficientes conseguem fazer mais do que se imagina, não demonstre admiração exagerada sempre que isso acontecer.
Os deficientes, tal como todos, necessitam do contacto humano e gostam de ser reconhecidos.
O rejeitar de ajuda não é sinal de má vontade mas de procura de autoconfiança, se a sua ajuda for rejeitada uma vez não deixe de continuar a oferecer-se futuramente nem leve a mal sempre que isso acontecer.
Língua Gestual
A Língua Gestual é uma língua de movimento e de espaço, das mãos e dos olhos, da comunicação abstracta assim como do contar de uma história icónica, mas o mais importante de tudo é que é a Língua da Comunidade Surda.
Não se trata de uma nova Língua nem de um sistema recente de comunicação desenvolvido por pessoas ouvintes. Pelo contrário, trata-se de uma forma de comunicação que ocorre naturalmente entre pessoas que não ouvem.
É uma Língua que até há pouco tempo tinha sido ignorada e por esse motivo subvalorizada no seu potencial. É diferente, muitas vezes impressionantemente diferente, das Línguas faladas, mas partilha características e processos gramaticais com muitas outras Línguas faladas.
Difere das outras Línguas num dos aspectos mais importantes das suas características: não se baseia em palavras (Kyle, J. G. e Woll B.).
Conhecimentos sobre o uso da Língua Gestual datam de há pelo menos 2000 anos no mundo ocidental, e talvez ainda mais cedo em escritos chineses. A fonte mais antiga em Inglês (1644) é de John Bulweis "Quirologia: ou a Linguagem natural da mão. Composta de "movimentos falantes", e de "gestos discursivos" a partir dos primeiros. Ao qual se acrescenta a Quironomia: ou a arte da Retórica Manual etc".
A Língua Gestual na EuropaExistem tantas ou talvez até mais Línguas Gestuais na Europa do que línguas faladas! Contrariamente à crença popular, a Língua Gestual não é internacional. Cada país tem a sua própria Língua Gestual. Nos países onde existem duas ou mais línguas faladas, tais como a Bélgica e Espanha, existem o mesmo número de Línguas Gestuais.
As pessoas surdas tal como as pessoas ouvintes, são educadas na Língua da sua região e raramente o serão numa outra língua do país. Por exemplo, na Bélgica, as pessoas Surdas flamengas são educadas em escolas de surdos flamengas e não nas escolas de surdos de expressão francófona, e vice - versa.
As Línguas Gestuais não dependem das Línguas dos seus respectivos países. Isto pode ser comprovado pelo facto de a Grã-Bretanha, Irlanda e os Estados Unidos serem todos países falantes de Inglês, mas terem Línguas Gestuais completamente diferentes. De facto, a Língua Gestual Americana (ASL) está mais próxima da Língua Gestual Francesa (LSF) do que da Língua Gestual Britânica (BSL). A explicação é simples: as raízes da ASL encontram-se em França, e não na Inglaterra.
É quase impossível determinar o número de utilizadores de Língua Gestual na União Europeia, pois não foram recolhidos dados nesse sentido, e existem muito poucas pesquisas quantitativas para nos reportamos. O número de gestualistas Surdos deverá ser mais ou menos o mesmo da incidência de pessoas Surdas pré- linguais, 1 por 1000/1500, apesar de nem todos os Surdos pré-linguais gestualizarem e, pelo contrário, alguns Surdos pós-linguais são gestualistas. Existe também um número significativo de gestualistas ouvintes.
Não se trata de uma nova Língua nem de um sistema recente de comunicação desenvolvido por pessoas ouvintes. Pelo contrário, trata-se de uma forma de comunicação que ocorre naturalmente entre pessoas que não ouvem.
É uma Língua que até há pouco tempo tinha sido ignorada e por esse motivo subvalorizada no seu potencial. É diferente, muitas vezes impressionantemente diferente, das Línguas faladas, mas partilha características e processos gramaticais com muitas outras Línguas faladas.
Difere das outras Línguas num dos aspectos mais importantes das suas características: não se baseia em palavras (Kyle, J. G. e Woll B.).
Conhecimentos sobre o uso da Língua Gestual datam de há pelo menos 2000 anos no mundo ocidental, e talvez ainda mais cedo em escritos chineses. A fonte mais antiga em Inglês (1644) é de John Bulweis "Quirologia: ou a Linguagem natural da mão. Composta de "movimentos falantes", e de "gestos discursivos" a partir dos primeiros. Ao qual se acrescenta a Quironomia: ou a arte da Retórica Manual etc".
A Língua Gestual na EuropaExistem tantas ou talvez até mais Línguas Gestuais na Europa do que línguas faladas! Contrariamente à crença popular, a Língua Gestual não é internacional. Cada país tem a sua própria Língua Gestual. Nos países onde existem duas ou mais línguas faladas, tais como a Bélgica e Espanha, existem o mesmo número de Línguas Gestuais.
As pessoas surdas tal como as pessoas ouvintes, são educadas na Língua da sua região e raramente o serão numa outra língua do país. Por exemplo, na Bélgica, as pessoas Surdas flamengas são educadas em escolas de surdos flamengas e não nas escolas de surdos de expressão francófona, e vice - versa.
As Línguas Gestuais não dependem das Línguas dos seus respectivos países. Isto pode ser comprovado pelo facto de a Grã-Bretanha, Irlanda e os Estados Unidos serem todos países falantes de Inglês, mas terem Línguas Gestuais completamente diferentes. De facto, a Língua Gestual Americana (ASL) está mais próxima da Língua Gestual Francesa (LSF) do que da Língua Gestual Britânica (BSL). A explicação é simples: as raízes da ASL encontram-se em França, e não na Inglaterra.
É quase impossível determinar o número de utilizadores de Língua Gestual na União Europeia, pois não foram recolhidos dados nesse sentido, e existem muito poucas pesquisas quantitativas para nos reportamos. O número de gestualistas Surdos deverá ser mais ou menos o mesmo da incidência de pessoas Surdas pré- linguais, 1 por 1000/1500, apesar de nem todos os Surdos pré-linguais gestualizarem e, pelo contrário, alguns Surdos pós-linguais são gestualistas. Existe também um número significativo de gestualistas ouvintes.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Paralisia Cerebral
Por norma o cidadão com paralisia cerebral sofre de múltiplas deficiências o que torna a sua assistência mais complicada. Para que a comunicação seja eficazmente estabelecida tenha em conta os seguintes aspectos:
- O portador de paralisia cerebral pode sofrer desde pequenas a profundas perturbações motoras;
- Pode manifestar dificuldade na fala, tal como, na visão e audição;
- Nas pessoas que sofrem de espasmos o coro permanece constantemente em movimento, sem nenhum controlo motor, deste modo, em vez de receber um sorriso pode surgir uma careta e na tentativa de falar, apenas uma confusão de sons ou de palavras;
- O relacionamento com este tipo de deficientes requer muita paciência.
- O portador de paralisia cerebral pode sofrer desde pequenas a profundas perturbações motoras;
- Pode manifestar dificuldade na fala, tal como, na visão e audição;
- Nas pessoas que sofrem de espasmos o coro permanece constantemente em movimento, sem nenhum controlo motor, deste modo, em vez de receber um sorriso pode surgir uma careta e na tentativa de falar, apenas uma confusão de sons ou de palavras;
- O relacionamento com este tipo de deficientes requer muita paciência.
Autismo
Ao lidar com pessoas autistas deve ter em conta as seguintes considerações:
o São pessoas que se movimentam quase exclusivamente dentro do seu próprio mundo, com pouco ou, até mesmo, sem qualquer contacto com a realidade.
o São de convívio muito difícil, mesmo com os próprios familiares.
o Métodos mais frequentemente usados para se exteriorizarem:
- Usando a negação de qualquer tipo de ternura,
- Opondo-se às modificações,
- Por afasia,
- Através de crises emocionais,
- Através de excesso de actividades corporais.
o São pessoas que se movimentam quase exclusivamente dentro do seu próprio mundo, com pouco ou, até mesmo, sem qualquer contacto com a realidade.
o São de convívio muito difícil, mesmo com os próprios familiares.
o Métodos mais frequentemente usados para se exteriorizarem:
- Usando a negação de qualquer tipo de ternura,
- Opondo-se às modificações,
- Por afasia,
- Através de crises emocionais,
- Através de excesso de actividades corporais.
Epilepsia - Procedimentos
Geralmente, o início de um ataque manifesta-se através de tonturas, náuseas ou irritação;
Quando presenciar um ataque proceda da seguinte forma:
- Deite a pessoa no chão,
- Desaperte-lhe as roupas principalmente junto ao pescoço,
- Para evitar a compressão dos dentes e ferimentos na língua e bochechas coloque um lenço dobrado entre os dentes.
E pelo contrário, nunca deve:
- “Desatar” à força os braços e as pernas enrijecidos pelas cãibras,
- Salpicar água,
- Aplicar respiração artificial,
- Tentar reanimar “sacudindo”, batendo ou através do cheiro de alguma substancia.
Normalmente, um ataque dura cerca de 3 minutos, caso dure mais de 10 minutos entre em contacto com o Número Nacional de Socorro (112).
Não se assuste se a respiração for irregular.
Mantenha o paciente calmo após o ataque para que as células exaustas do sistema nervoso se possam recuperar.
Não fale sobre o sucedido, o epiléptico não se lembrará de nada.
Quando presenciar um ataque proceda da seguinte forma:
- Deite a pessoa no chão,
- Desaperte-lhe as roupas principalmente junto ao pescoço,
- Para evitar a compressão dos dentes e ferimentos na língua e bochechas coloque um lenço dobrado entre os dentes.
E pelo contrário, nunca deve:
- “Desatar” à força os braços e as pernas enrijecidos pelas cãibras,
- Salpicar água,
- Aplicar respiração artificial,
- Tentar reanimar “sacudindo”, batendo ou através do cheiro de alguma substancia.
Normalmente, um ataque dura cerca de 3 minutos, caso dure mais de 10 minutos entre em contacto com o Número Nacional de Socorro (112).
Não se assuste se a respiração for irregular.
Mantenha o paciente calmo após o ataque para que as células exaustas do sistema nervoso se possam recuperar.
Não fale sobre o sucedido, o epiléptico não se lembrará de nada.
Deficiência Visual
Normas de Conduta
Nunca siga um cego com a finalidade de o ajudar, ele perceberá e tornar-se-á inseguro;
Faça-se notar antes de iniciar conversa, apresente-se. Da mesma forma, despeça-se antes de sair para que ele saiba que vai deixar de estar presente.
Nunca exprima compaixão ou expressões de excessiva admiração por o cego ser capaz de fazer coisas que os visuais também fazem.
Por norma, quando guiados têm muito medo de se perder do seu guia, transmita-lhe segurança andando devagar e com cuidado.
Ofereça o braço e deixe que seja o cego a apoiar-se nele (ele vai agarra-lo um pouco acima do cotovelo), não devemos agarrar o braço do cego ou empurrá-lo à nossa frente.
É desnecessário mencionar direcções, ele percebe através da sua sensibilidade direccional.
Somente em locais estreitos é que o guia deve passar à frente.
Informe quando subir ou descer degraus.
Sempre que aparecer algum obstáculo que impeça o percurso ou que apresente perigo para com o cego deve ser mencionado e identificado, se disser apenas “cuidado” ele não saberá a que se refere! No caso dos degraus, somente deve dizer o seu número se forem poucos e de fácil contagem, caso contrário, um erro na sua contagem pode transmitir-se numa queda grave. No caso de escadas com corrimão deve colocar a mão da pessoa cega no mesmo para que lhe seja mais fácil a orientação.
Nunca ajude um cego acompanhado por um cão guia sem que ele lho peça.
No caso do cego vir acompanhado por um cão-guia este não deve ser distraído da sua função/missão. Cativar a sua atenção, chamando-o, oferecendo-lhe comida e/ou festas irá comprometer o percurso original.
Não esqueça que o cão-guia que acompanha o invisual tem permissão de entrada em locais públicos estabelecida na Lei de Bases da Prevenção e da Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência, Lei n.º 9/89 de 2 de Maio e nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 198º da Constituição, o qual menciona “O presente diploma estabelece o direito de acessibilidade dos deficientes visuais acompanhados de cães-guia a locais, transportes e estabelecimentos de acesso público…” (artigo 1º), da mesma forma é importante referir que “O direito de acesso previsto ao artigo anterior não implica qualquer custo suplementar para o invisual e prevalece sobre quaisquer proibições que contrariem o disposto no presente diploma, ainda que assinalados por placas ou outros sinais distintos.” E este direito apenas pode ser negado caso o animal apresente “… sinais manifestos de doença, agressividade, falta de asseio (…) ou outra característica anormal (…) ou se comporte de forma inadequada de modo a perturbar o normal funcionamento do local em causa…”.
Não se deve alterar o uso de expressões orais a fim de evitar termos relacionados com a visão, como “olhe” / “veja” ou da denominação de “cego” / ”cegueira”. Estas devem ser usadas sem constrangimentos, pelo contrário, não deve ser feita a sua substituição por, como por exemplo, “apalpe”.
Sempre que se verificar uma conversa em grupo na presença de uma ou mais pessoas cegas, antes de se dirigir a elas deve pronunciar o seu nome para que saiba que nos estamos a dirigir a ela, no caso de não sabermos ou não nos recordarmos no nome devemos tocar-lhe aquando iniciarmos conversa, desta forma saberá que é com ela que falamos.
Se pretendermos que a pessoa invisual se sente, basta colocarmos a sua mão nas costas ou no braço da cadeira, isto dar-lhe-á independência suficiente para o acto. Informe-o se a cadeira está à esquerda ou à direita.
Numa escada deve colocar-lhe a mão no corrimão e informe-o quando começar e acabar.
Não fale num tom mais alto do que aquele que empregaria normalmente.
Dirigir-se sempre ao invisual e não ao seu acompanhante.
Se ele perder o sentido da direcção explique-lhe o que se encontra à frente / trás, direita / esquerda.
Ao ajudar um cego a entrar num carro avise-o se se vai sentar à frente e a traseira. Coloque-lhe a mão na borda superior da porta aberta, com a outra mão ele tocará no tecto e depois no assento.
Ás refeições, se a sua ajuda for solicitada, diga o que está no prato seguindo a direcção dos ponteiros, como por exemplo: arroz às 6h e carne às 10h. Mostre o lugar do copo e evite enche-lo demais. Aos fumadores dê um cinzeiro.
Se ajudar a tirar / guardar um casaco informe onde o colocou.
Evite “risadas” perto de um cego, ele não saberá se se está a rir dele e isso deixá-lo-á inseguro.
As portas são muitas vezes um problema, uma vez que, não vêm para que lado esta abre.
Nunca siga um cego com a finalidade de o ajudar, ele perceberá e tornar-se-á inseguro;
Faça-se notar antes de iniciar conversa, apresente-se. Da mesma forma, despeça-se antes de sair para que ele saiba que vai deixar de estar presente.
Nunca exprima compaixão ou expressões de excessiva admiração por o cego ser capaz de fazer coisas que os visuais também fazem.
Por norma, quando guiados têm muito medo de se perder do seu guia, transmita-lhe segurança andando devagar e com cuidado.
Ofereça o braço e deixe que seja o cego a apoiar-se nele (ele vai agarra-lo um pouco acima do cotovelo), não devemos agarrar o braço do cego ou empurrá-lo à nossa frente.
É desnecessário mencionar direcções, ele percebe através da sua sensibilidade direccional.
Somente em locais estreitos é que o guia deve passar à frente.
Informe quando subir ou descer degraus.
Sempre que aparecer algum obstáculo que impeça o percurso ou que apresente perigo para com o cego deve ser mencionado e identificado, se disser apenas “cuidado” ele não saberá a que se refere! No caso dos degraus, somente deve dizer o seu número se forem poucos e de fácil contagem, caso contrário, um erro na sua contagem pode transmitir-se numa queda grave. No caso de escadas com corrimão deve colocar a mão da pessoa cega no mesmo para que lhe seja mais fácil a orientação.
Nunca ajude um cego acompanhado por um cão guia sem que ele lho peça.
No caso do cego vir acompanhado por um cão-guia este não deve ser distraído da sua função/missão. Cativar a sua atenção, chamando-o, oferecendo-lhe comida e/ou festas irá comprometer o percurso original.
Não esqueça que o cão-guia que acompanha o invisual tem permissão de entrada em locais públicos estabelecida na Lei de Bases da Prevenção e da Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência, Lei n.º 9/89 de 2 de Maio e nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 198º da Constituição, o qual menciona “O presente diploma estabelece o direito de acessibilidade dos deficientes visuais acompanhados de cães-guia a locais, transportes e estabelecimentos de acesso público…” (artigo 1º), da mesma forma é importante referir que “O direito de acesso previsto ao artigo anterior não implica qualquer custo suplementar para o invisual e prevalece sobre quaisquer proibições que contrariem o disposto no presente diploma, ainda que assinalados por placas ou outros sinais distintos.” E este direito apenas pode ser negado caso o animal apresente “… sinais manifestos de doença, agressividade, falta de asseio (…) ou outra característica anormal (…) ou se comporte de forma inadequada de modo a perturbar o normal funcionamento do local em causa…”.
Não se deve alterar o uso de expressões orais a fim de evitar termos relacionados com a visão, como “olhe” / “veja” ou da denominação de “cego” / ”cegueira”. Estas devem ser usadas sem constrangimentos, pelo contrário, não deve ser feita a sua substituição por, como por exemplo, “apalpe”.
Sempre que se verificar uma conversa em grupo na presença de uma ou mais pessoas cegas, antes de se dirigir a elas deve pronunciar o seu nome para que saiba que nos estamos a dirigir a ela, no caso de não sabermos ou não nos recordarmos no nome devemos tocar-lhe aquando iniciarmos conversa, desta forma saberá que é com ela que falamos.
Se pretendermos que a pessoa invisual se sente, basta colocarmos a sua mão nas costas ou no braço da cadeira, isto dar-lhe-á independência suficiente para o acto. Informe-o se a cadeira está à esquerda ou à direita.
Numa escada deve colocar-lhe a mão no corrimão e informe-o quando começar e acabar.
Não fale num tom mais alto do que aquele que empregaria normalmente.
Dirigir-se sempre ao invisual e não ao seu acompanhante.
Se ele perder o sentido da direcção explique-lhe o que se encontra à frente / trás, direita / esquerda.
Ao ajudar um cego a entrar num carro avise-o se se vai sentar à frente e a traseira. Coloque-lhe a mão na borda superior da porta aberta, com a outra mão ele tocará no tecto e depois no assento.
Ás refeições, se a sua ajuda for solicitada, diga o que está no prato seguindo a direcção dos ponteiros, como por exemplo: arroz às 6h e carne às 10h. Mostre o lugar do copo e evite enche-lo demais. Aos fumadores dê um cinzeiro.
Se ajudar a tirar / guardar um casaco informe onde o colocou.
Evite “risadas” perto de um cego, ele não saberá se se está a rir dele e isso deixá-lo-á inseguro.
As portas são muitas vezes um problema, uma vez que, não vêm para que lado esta abre.
Deficiência Motora
Paraplégicos em Muletas
- Precisam de ajuda para se sentar e levantar, subir e descer escadas.
- Cumprimentar pode ser um problema: ao estender a mão muitas vezes não sabe o que fazer à muleta ou pode mesmo perder o equilíbrio.
Paraplégicos em Cadeiras de Rodas
Dividem-se em dois grupos:
a) Paraplégicos: parte inferior do corpo paralisada. Podem movimentar os braços e consegue sentar-se e sair da cadeira de rodas sem ajuda.
b) Tetraplégicos: Não se movimentam sem ajuda.
Dependem muitas vezes de acompanhantes;
Tratamento demasiado íntimo, como palmadinhas nas costas, deve ser evitado;
Muitas vezes as pessoas dirigem-se ao acompanhante a fim de saber esquecendo a pessoa que está na cadeira e que é realmente quem requer a informação / prestação de serviços;
Normas de conduta
Na presença de alguém em cadeira de rodas nunca empurre a mesma sem pedir previamente autorização ao seu utilitário.
Se acompanhar alguém em cadeira de rodas deve faze-lo lado a lado e não atrás ou à frente, deve ainda adequar o passo de forma a manter o mesmo ritmo.
Para manter uma conversa mais prolongada sente-se à altura da pessoa de forma a poderem facilmente manter contacto visual.
Quando tiver de guiar a cadeira de rodas entre muita gente tenha cuidado, atropelar alguém pode ser muito embaraçoso para a pessoa que está na cadeira.
Se alguém, em especial, as crianças, se aproximarem pare para que esta possa conversar.
Lembre-se que ele tem um ângulo de visão diferente do seu, portanto, sempre que lhe quiser mostrar algo certifique-se que está no ângulo de visão a que ele consegue aceder.
Como empurrar uma cadeira de rodas
- Sempre suavemente e nunca aos solavancos.
- Ao parar trave sempre a cadeira.
- Sempre que precisar erguer a cadeira faça-o pela armação de ferro, nunca agarre pelas partes amovíveis.
Como subir um degrau
Encoste as rodas dianteiras no degrau e incline a cadeira ligeiramente para trás, até que as rodas menores estejam em cima do degrau, depois empurre a cadeira para cima do mesmo, segurando-a pelos punhos, até que as rodas traseiras fiquem igualmente em cima do degrau.
Como descer um degrau
Empurre a cadeira até que as rodas dianteiras estejam à beira do degrau. Pise o cano transversal entre as rodas traseiras e, ao mesmo tempo, empurre os punhos para baixo, inclinando a cadeira ligeiramente para trás. Depois deixe deslizar as rodas traseiras, suavemente, degrau a degrau.
Como subir escadas
Em geral, são necessárias duas pessoas.
A traseira da cadeira será encostada na escada, inclinada ligeiramente para trás e cuidadosamente içada pelas rampas laterais da escada. A segunda pessoa empurra a cadeira para cima, pela armação.
Ambos precisam de estar firmemente apoiados no chão.
Como descer escadas
São, igualmente, necessárias duas pessoas.
A primeira maneja a cadeira como exemplificado em "como descer um degrau" e a segunda, de frente para a primeira, segura a cadeira pela armação na altura dos braços. A segunda pessoa está a descer de costas e terá de ficar com as pernas abertas, devido ao apoio dos pés da cadeira.
- Precisam de ajuda para se sentar e levantar, subir e descer escadas.
- Cumprimentar pode ser um problema: ao estender a mão muitas vezes não sabe o que fazer à muleta ou pode mesmo perder o equilíbrio.
Paraplégicos em Cadeiras de Rodas
Dividem-se em dois grupos:
a) Paraplégicos: parte inferior do corpo paralisada. Podem movimentar os braços e consegue sentar-se e sair da cadeira de rodas sem ajuda.
b) Tetraplégicos: Não se movimentam sem ajuda.
Dependem muitas vezes de acompanhantes;
Tratamento demasiado íntimo, como palmadinhas nas costas, deve ser evitado;
Muitas vezes as pessoas dirigem-se ao acompanhante a fim de saber esquecendo a pessoa que está na cadeira e que é realmente quem requer a informação / prestação de serviços;
Normas de conduta
Na presença de alguém em cadeira de rodas nunca empurre a mesma sem pedir previamente autorização ao seu utilitário.
Se acompanhar alguém em cadeira de rodas deve faze-lo lado a lado e não atrás ou à frente, deve ainda adequar o passo de forma a manter o mesmo ritmo.
Para manter uma conversa mais prolongada sente-se à altura da pessoa de forma a poderem facilmente manter contacto visual.
Quando tiver de guiar a cadeira de rodas entre muita gente tenha cuidado, atropelar alguém pode ser muito embaraçoso para a pessoa que está na cadeira.
Se alguém, em especial, as crianças, se aproximarem pare para que esta possa conversar.
Lembre-se que ele tem um ângulo de visão diferente do seu, portanto, sempre que lhe quiser mostrar algo certifique-se que está no ângulo de visão a que ele consegue aceder.
Como empurrar uma cadeira de rodas
- Sempre suavemente e nunca aos solavancos.
- Ao parar trave sempre a cadeira.
- Sempre que precisar erguer a cadeira faça-o pela armação de ferro, nunca agarre pelas partes amovíveis.
Como subir um degrau
Encoste as rodas dianteiras no degrau e incline a cadeira ligeiramente para trás, até que as rodas menores estejam em cima do degrau, depois empurre a cadeira para cima do mesmo, segurando-a pelos punhos, até que as rodas traseiras fiquem igualmente em cima do degrau.
Como descer um degrau
Empurre a cadeira até que as rodas dianteiras estejam à beira do degrau. Pise o cano transversal entre as rodas traseiras e, ao mesmo tempo, empurre os punhos para baixo, inclinando a cadeira ligeiramente para trás. Depois deixe deslizar as rodas traseiras, suavemente, degrau a degrau.
Como subir escadas
Em geral, são necessárias duas pessoas.
A traseira da cadeira será encostada na escada, inclinada ligeiramente para trás e cuidadosamente içada pelas rampas laterais da escada. A segunda pessoa empurra a cadeira para cima, pela armação.
Ambos precisam de estar firmemente apoiados no chão.
Como descer escadas
São, igualmente, necessárias duas pessoas.
A primeira maneja a cadeira como exemplificado em "como descer um degrau" e a segunda, de frente para a primeira, segura a cadeira pela armação na altura dos braços. A segunda pessoa está a descer de costas e terá de ficar com as pernas abertas, devido ao apoio dos pés da cadeira.
Deficiência Auditiva
Uma das primeiras coisas a ter presente em qualquer acção comunicativa é que não é preciso falar ou ouvir para se poder comunicar. Do mesmo modo, não deve partir do principio de que nós, ouvintes, somos pessoas “normais” e que os surdos não o são! Todo o surdo aprecia que se tente comunicar com ele.
Em virtude de não ouvir a sua própria voz, o surdo fala, geralmente, sem entoação, noutro nível de som e não consegue utilizar-se da múltipla escolha na formação das frases.
Os surdos, muitas vezes, escondem a sua situação, acenam com a cabeça quando lhes é dirigida a palavra e evitam o contacto.
Sempre que se recorrer ao apoio de um intérprete de Língua Gestual, não deve centrar a sua atenção e olhar no intérprete, mas sim na pessoa com quem quer comunicar. Afinal é com ele que pretende estabelecer contacto e conversar. Nunca trate o surdo como se fosse invisível na presença do intérprete!
No caso da pessoa conseguir ler lábios é estritamente necessário que antes de iniciar a conversa lhe chame a atenção. Se não o prevenir ele não saberá que está a falar! Do mesmo modo, não deve tapar a boca com as mãos, caneta, cigarro, alimentos, etc. Deve-se falar pausadamente e num tom de voz calmo, mas sem exageros! Não se deve gritar ou elevar demasiado o tom de voz!
Ao falar, deve ir directo ao assunto, pois está a exigir um grande nível de concentração por parte da outra pessoa. Use frases curtas e simples. Se não for entendido, deve-se repetir utilizando outras palavras com o mesmo significado ou reformular a frase mantendo o sentido original. Se necessário, pode ainda recorrer a gestos que ajudem a uma melhor expressão.
Antes de iniciar conversa com um surdo que saiba ler lábios certifique-se que tem luz suficiente a iluminar-lhe a cara. Não eleve a voz, ele consegue ler os seus lábios mesmo sem pronunciar qualquer som. Fale normalmente e sem exageros, isto é, nem muito depressa nem muito devagar.
Por vezes, pequenas gesticulações e mímicas ajudam na compreensão.
Nunca mantenha uma conversa em grupo com uma ou mais pessoas Surdas sem o apoio de um intérprete. Mesmo que eles saibam ler os lábios não vão poder estar, simultaneamente, a prestar atenção a todos os intervenientes na conversa.
Lembre-se que ele não pode, ao mesmo tempo, ler os seus lábios e prestar atenção a uma demonstração. Demonstre primeiro, explique em seguida.
Na presença de surdos evite falar deles, não o ouvirão e prestarão demasiada atenção aos seus gestos, podendo originar conclusões erróneas.
Um surdo não ouve mas vê e percebe com grande nitidez, o que pode influenciar a sua conduta.
Não identificar um Surdo como mudo. Esta palavra já foi legalmente eliminada em Washington D.C.
Em virtude de não ouvir a sua própria voz, o surdo fala, geralmente, sem entoação, noutro nível de som e não consegue utilizar-se da múltipla escolha na formação das frases.
Os surdos, muitas vezes, escondem a sua situação, acenam com a cabeça quando lhes é dirigida a palavra e evitam o contacto.
Sempre que se recorrer ao apoio de um intérprete de Língua Gestual, não deve centrar a sua atenção e olhar no intérprete, mas sim na pessoa com quem quer comunicar. Afinal é com ele que pretende estabelecer contacto e conversar. Nunca trate o surdo como se fosse invisível na presença do intérprete!
No caso da pessoa conseguir ler lábios é estritamente necessário que antes de iniciar a conversa lhe chame a atenção. Se não o prevenir ele não saberá que está a falar! Do mesmo modo, não deve tapar a boca com as mãos, caneta, cigarro, alimentos, etc. Deve-se falar pausadamente e num tom de voz calmo, mas sem exageros! Não se deve gritar ou elevar demasiado o tom de voz!
Ao falar, deve ir directo ao assunto, pois está a exigir um grande nível de concentração por parte da outra pessoa. Use frases curtas e simples. Se não for entendido, deve-se repetir utilizando outras palavras com o mesmo significado ou reformular a frase mantendo o sentido original. Se necessário, pode ainda recorrer a gestos que ajudem a uma melhor expressão.
Antes de iniciar conversa com um surdo que saiba ler lábios certifique-se que tem luz suficiente a iluminar-lhe a cara. Não eleve a voz, ele consegue ler os seus lábios mesmo sem pronunciar qualquer som. Fale normalmente e sem exageros, isto é, nem muito depressa nem muito devagar.
Por vezes, pequenas gesticulações e mímicas ajudam na compreensão.
Nunca mantenha uma conversa em grupo com uma ou mais pessoas Surdas sem o apoio de um intérprete. Mesmo que eles saibam ler os lábios não vão poder estar, simultaneamente, a prestar atenção a todos os intervenientes na conversa.
Lembre-se que ele não pode, ao mesmo tempo, ler os seus lábios e prestar atenção a uma demonstração. Demonstre primeiro, explique em seguida.
Na presença de surdos evite falar deles, não o ouvirão e prestarão demasiada atenção aos seus gestos, podendo originar conclusões erróneas.
Um surdo não ouve mas vê e percebe com grande nitidez, o que pode influenciar a sua conduta.
Não identificar um Surdo como mudo. Esta palavra já foi legalmente eliminada em Washington D.C.
Deficiência Mental - Procedimentos
“Na simplicidade das suas reacções, o deficiente mental ensina-nos a ver a profusão de adornos com que frequentemente tolhemos o curso da nossa existência”
António Coimbra de Matos
Ao lidar com deficientes mentais tenha atenção para que em razão da sua inteligência reduzida a conversa não tome contornos primitivos, pois por menos inteligentes que sejam, percebem mais do que imaginamos.
Procedimentos
Nunca cumprimente / fale com um adulto com deficiência mental como se fosse uma criança;
Ao lidar com deficientes mentais lembre-se que eles não podem ser responsabilizados pelos seus actos;
Por norma são pessoas muito receptivas à bondade e à compreensão;
Lidar com crianças requer muita paciência e continuas repetições. As exigências que lhes são pedidas progridem muito vagarosamente e cada novidade exige, primeiro, uma demonstração devidamente acompanhada de controlo e elogios;
Nunca deixe de responder às perguntas deles, mesmo que sejam um pouco desagradáveis;
Ao lidar com crianças tenha em conta:
- Por norma são hiperactivas,
- Têm dificuldade em se manterem concentradas por longos períodos de tempo,
- Muitas vezes não são colaborantes.
- Têm um défice psicomotor e de iniciativa,
- Sofrem de deficiência intelectual portanto lembre-se que não têm a mesma capacidade que as outras crianças da sua idade,
- Sofrem de imaturidade psico-afectiva o que leva ao bloqueio dos afectos.
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